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Achismo em família

Onde entra o achismo? Entra no momento que julgamos, criticamos e necessitamos que o outro seja da mesma forma que nós, na forma de sentir e pensar as crenças, os valores e os costumes.

27/10/2020

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A dificuldade na comunicação entre as pessoas infelizmente é um dos grandes problemas nas relações familiares e por isso volto a falar sobre o assunto e que mexeu com tantas pessoas, o achismo.

A necessidade que as pessoas têm de serem vistas, compreendidas e aceitas tornou-se um caos nas relações. Muitas pessoas esperam que os integrantes da família perceba, aceite e aja de acordo com o que eles pensam. O maior desafio do ser humano ao conviver com outro ser humano ainda é se colocar no lugar do outro, como o outro pensa, como o outro sente, como outro vê a vida que pode ser muito diferente do que aquela pessoa acredita da sua própria vida.

Interessante é percebermos como uma situação em que alguém dá uma indireta ao outro e o outro não entende a indireta daquele primeiro.  O que isso quer dizer? Quer dizer que o segundo não pensa que nem o primeiro e isso é maravilhoso, primeiro porque o segundo tem certeza que a forma como pensa, sente e reage, não é um problema para ele e para o primeiro e respeita aquele que deu a indireta, por compreender que são visões diferentes.

Precisamos aceitar as diferenças de ser de cada um e que não podemos ignorar se uma pessoa é bem mais consciente das suas emoções e sentimentos, a indireta para esta não faz sentido algum. Precisamos rever urgentemente a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos com as pessoas que convivemos. Está tudo bem cada um ter seu tempo para aprender a lidar com suas impressões e emoções da vida.

Onde entra o achismo? Entra no momento que julgamos, criticamos e necessitamos que o outro seja da mesma forma que nós, na forma de se sentir e pensar as crenças, os valores e os costumes. Você já pensou quanto se gasta de energia ficar achando o que o outro sente o que o outro pensa…sem nunca ter certeza… a não ser que se falem diretamente  e afetuosamente? Chega de meias palavras… ou alguém te diz se é ou não é o que pertence a vida dela, senão não tem nada claro e verdadeiro.

Gente, precisamos ser objetivos na comunicação, se você quer que compreendem seu ponto de vista, se coloque falando de ti e mesmo assim não espere ser apoiado e aceito, somos diferentes. Somos o que conseguimos ser naquele momento… um tempo depois, já pode estar diferente. Quem trabalha seu auto conhecimento e já consegue entender as diferenças como maravilhoso, não entra no joguinho do achismo. Porquê acaba sendo um jogo muito viciante para os críticos e julgadores. É uma conquista diária não entrar nessa “disfunção emocional.”

Não permitirmos aceitar como o outro é, faz mal ao coração e a alma. Quem vive isso sabe do quê estou falando. Faz com que nos isolamos do mundo, por não saber viver nele.

Vamos aprender nessa nova fase da vida em que temos que parar muitas coisas e dar um stop com o achismo, ou a gente aprende a falar de si claramente…ou vamos continuar criticando o outro por ser um molde diferente do seu e que  sempre será. Temos afinidades…mas também temos diferenças que muitas vezes são vistas como libertadoras.

Pedimos uma vida mais leve, mas ainda precisamos de muita consciência para começar dentro de nós. Pois o externo reflete o interno. Simples assim…em tudo!

Fique bem, se cuide!

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