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Coluna: Duplicação na marra!

Uma espera de 22 anos! Em seus 550 quilômetros em solo catarinense a BR-101 está totalmente congestionada no trecho Norte

07/11/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Uma histórica campanha lançada em 1995 pelo jornal “Diário Catarinense”, do então Grupo RBS, resultou na duplicação da BR-101 Norte, entre Garuva (divisa com o Paraná) e Palhoça (na Grande Florianópolis).

Um abaixo-assinado com espantosas um milhão de assinaturas, foi entregue em junho daquele ano ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, que incluiu a obra no chamado Corredor do Mercosul. Integrando os maiores polos da América Latina: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Buenos Aires. Foram oito anos de espera pela conclusão. FHC prometeu começar o trecho Sul em 1988, mas não cumpriu.

Duas décadas em obras

O trecho de Palhoça a Passos de Torres (divisa com o Rio Grande do Sul) saiu do papel só em 2005 (Lula da Silva), concluído 14 anos depois, em 2019 (Dilma Rousseff). Ou seja, uma espera de 22 anos! E, pior que isso, em seus 550 quilômetros em solo catarinense a BR-101 está totalmente congestionada no trecho Norte.

Tanto que já há projeto de construção de uma pista paralela porque o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte não levou em conta o natural crescimento econômico regional às margens de uma moderna (à época) rodovia. Atraindo centenas de empreendimentos e, por extensão, milhares de veículos.

É hora de exigir!

Agora, passados 31 anos, a Federação das Indústrias de Santa Catarina repete o movimento de 1990, à época também com a participação decisiva do setor produtivo catarinense. No dia 24 de novembro, com apoio do Grupo ND, a FIESC leva para Brasília abaixo-assinado pedindo que o governo libere as verbas necessárias à conclusão de projetos em rodovias federais, entre elas a 280 e a 470, estas duas em obras há oito anos.

Mas, vão pedir, educadamente, como temos feito há décadas? Não, não! É perder tempo! Há governos- e Brasília é um exemplo- que só entendem a linguagem da ameaça política. Visto 1990 e olhando para 2022, a hora é essa!

Podemos lança nomes

Dia 11 de novembro, um dia depois da filiação do ex-juiz federal Sérgio Moro, o Podemos lançará em Blumenau, onde a expressão maior é o prefeito Mario Hildebrandt, nomes às eleições proporcionais (deputados) pela região.

O delegado Egídio Ferrari e o secretário de comunicação social da Prefeitura, André Espezim, disputam vagas à Assembleia Legislativa. Já o ex-deputado estadual, Jean Kulhmann, ex-PSD, para a Câmara dos Deputados. Nas redes sociais, Ferrari, um defensor de cadeia para quem maltrata animais, tem 20 mil seguidores.

A propósito…

No segundo governo interino da vice Daniela Reinher (sem partido), por conta do segundo impeachment de Carlos Moisés (sem partido) Espezim, a convite dela e liberado pelo prefeito Hildebrandt, ocupou o cargo de secretário-adjunto de Infraestrutura. Em 2018, depois de perder duas disputas consecutivas à Prefeitura de Blumenau (em 2012 e 2016), Jean Kulhmann tentou um terceiro mandato de deputado estadual, mas sem sucesso.

As facadas em Bolsonaro

A Segunda Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, derrubou na quarta-feira (3) as restrições que impediam a continuidade da investigação sobre o atentado a faca contra o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. A decisão abre caminho para a retomada da frente de apuração para descobrir se Adélio Bispo de Oliveira, autor das facadas, agiu sozinho ou obedeceu a um mandante.

Quem pagou o advogado?

O juiz Bruno Souza Sabino, da 3.ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), autorizou a quebra do sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu Adélio na época do crime, e a apreensão de livros caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários e de seu celular.

Na época, o magistrado apontou evidentes inconsistências no fato de Adélio ser representado por advogado renomado, embora não tivesse condições de pagar pelos serviços.

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