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Coluna: Mello vai de chapa pura

Isolado de possíveis parceiros de peso eleitoral para fazer frente aos principais adversários no embate pela cadeira de governador, o senador Jorginho Mello (PL) ficou sem alternativas

05/08/2022

Isolado de possíveis parceiros de peso eleitoral para fazer frente aos principais adversários no embate pela cadeira de governador, o senador Jorginho Mello (PL) ficou sem alternativas. Vai de chapa pura nas urnas de outubro e terá, como vice, a ex-delegada regional de Joinville, Marilisa Bohen (PL). Nem de longe um nome que possa impactar positivamente a candidatura de Mello no maior colégio eleitoral de SC. O partido reúne-se hoje (5), em Florianópolis, em convenção estadual para homologar a chapa.  Que em Jorge Seif Jr. para o Senado.

Empresário refutou convite

Antes, Mello convidou o empresário e ex-vereador de Joinville, Ninfo König (PL), para ser o vice. Ninfo, que aplaudiu a escolha da delegada, rejeitou. Cidadão Benemérito e fundador (1977) da Akros, segunda maior indústria do ramo plástico do país, elegeu-se vereador em 2016, com 4.749 votos. Crítico do governo de Udo Döhler (MDB), o vice de Carlos Moisés (Republicanos)-, e aí a razão do convite-, e de atos da própria Câmara, ao final do mandato, Ninfo afastou-se das urnas. Mas, dizendo estar disposto a sempre colaborar com a coisa pública.

A delegada nas urnas

Em 2016, a delegada (aposentada) Marilisa Bohen foi candidata a vice-prefeita na chapa do também tucano Marco Tebaldi, ex-prefeito de Joinville e ex-deputado federal, (faleceu em 2019 abatido por um câncer no pâncreas). A dupla, em chapa pura, ficou em terceiro lugar, com 42.058 votos, entre oito candidatos que disputaram a cadeira de prefeito naquele ano. Em 2018 a delegada candidatou-se a deputada estadual pelo Podemos. Fez 8.559 mil votos, mas só a metade deles em Joinville.

Eleições

  • Orçamento anual do Estado, já aprovado pelos deputados estaduais, prevê receita e despesas de R$ 43,4 bilhões em 2023. O item “despesas” incluindo salários dos deputados estaduais e servidores da Assembleia Legislativa, Judiciário, Ministério Público de SC e Universidade do Estado.
  • Uma emenda proposta pelo deputado Bruno Souza (Novo) previa a obrigatoriedade de inclusão no orçamento dos recursos destinados à execução do Plano 1000 (mil reais por habitante) em 2023, foi rejeitada. “ O governo não quer se comprometer com os prefeitos, quer enganar os prefeitos”, bradou o deputado.
  • Do Republicanos o governador Carlos Moisés terá R$ 4,5 milhões para sua campanha à reeleição. Falta saber, agora, quanto o MDB vai disponibilizar do Fundo Eleitoral. Detalhe: os valores são definidos pelo comando nacional dos partidos. Uma parte para candidatos majoritários (governador e senador) e outra para os proporcionais (deputados).
  • Dia 16 de agosto marca o início oficial da papagaiada eleitoral pela internet, alto-falantes, passeatas, carretas e todo tipo de coisas do gênero. O que inclui distribuição de santinhos e “bandeiraços” nas esquinas feito por gente contratada temporariamente e que, às vezes, leva cano de candidatos. Dez dias depois (26), abre o horário eleitoral no rádio e TV.
  • Odair Tramontin (Novo), candidato a governador, aposta fichas na dupla Adriano Silva e Regina Gambin, prefeito e vice de Joinville, eleitos em chapa pura do Novo em 2020. De fato, terão de mostrar que não foram eleitos por uma onda sazonal por mudanças. Até porque, candidato majoritário mal votado nos maiores colégios eleitorais não chega ao final da corrida.
  • Na Assembleia Legislativa, sai o deputado Ivan Naatz (PL/Blumenau), para cuidar da campanha à reeleição, e entra o suplente Jaksom Natal Castelli (União Brasil), agricultor e empresário do agronegócio e transporte madeireiro de Quilombo, no Oeste. Naatz foi o último mais votado dos 40 eleitos em 2018, com 14.685 votos pelo PV. Castelli concorreu pelo DEM e fez 10.468 mil votos.

Tudo em família

Senador Esperidião Amin, para governador. E a mulher, Ângela Amin, à reeleição para deputada federal. Décio Lima na segunda tentativa de ser governador e a mulher, Ana Paula Silva, ambos do PT, também na segunda tentativa de chegar à Câmara dos Deputados. Celso Maldaner (MDB) concorrendo ao Senado e a mulher, Rosi Maldaner, ex-prefeita de Maravilha onde a família domina a política regional, como candidata a deputada estadual. São os casais já confirmados nas urnas de outubro.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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