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Coluna: O apelo de Lunelli

“Já estou ficando com vergonha de toda essa briga. Temos quadros altamente qualificados. Há divergência sobre o melhor caminho a seguir, mas não vamos encontrar a saída se não tivermos serenidade. Precisamos agir com cautela ou ficaremos isolados”.

10/06/2022

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

“Já estou ficando com vergonha de toda essa briga. Temos quadros altamente qualificados. Há divergência sobre o melhor caminho a seguir, mas não vamos encontrar a saída se não tivermos serenidade. Precisamos agir com cautela ou ficaremos isolados”. O apelo é do ex-prefeito Antidio Lunelli (MDB) aos deputados da bancada estadual na Assembleia Legislativa e prefeitos do MDB alinhados à reeleição do govenador Carlos Moisés (Republicanos).

A reunião do dia 13

O desabafo de Lunelli tem relação com a reunião do MDB prevista para segunda-feira (13) e destinada a dar um rumo definitivo ao partido nas eleições de outubro. Mas pode não acontecer. A participação de 71 membros do diretório estadual, foi ampliado para 350, com todo o colegiado, em decisão monocrática do presidente do MDB, Celso Maldaner.

Clima de desconfiança

A bancada estadual (alinhada ao governador Carlos Moisés/Republicanos) e que pediu a reunião, desconfia que Maldaner, ao convocar todo o colegiado, poderá ter a maioria para ser indicado como vice-governador na chapa de Moisés. Ou Rose Maldaner, ex-prefeita de Maravilha e mulher dele. Uma vingança contra quem “fritou” a candidatura de Antidio Lunelli.

Eleições

Cerca de 300 lideranças políticas e comunitárias já aderiram ao Movimento União Brasil Cristão pilotado pelo deputado estadual Jair Miotto (União Brasil), também pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular. Em defesa dos princípios da família, da vida e da juventude, diz Miotto. E, claro, da candidatura de Gean Loureiro (UB) a governador.

Pelo período de 11 dias corridos, a vice-prefeita de Joinville, Rejane Gambin (Novo) assume o Executivo por conta de férias do prefeito Adriano Silva (Novo). No ano passado, assumiu a prefeitura por duas semanas. Rejane é jornalista e, entre outras atividades profissionais, anos atrás apresentava o “Jornal do Almoço”, da extinta RBS de Joinville.

Senador Jorginho Mello (PL) está à espera de vídeos que Jair Bolsonaro (PL) prometeu gravar para o horário eleitoral, em apoio à sua candidatura. Por enquanto, Mello ainda não tem um vice definido. Dependendo de nova conversa que terá (em julho) com o senador Esperidião Amin, o vice poderá vir do PP. Na semana passada Amin esteve com Bolsonaro em Brasília.

Autor de projeto de lei cassando o título de Cidadão Catarinense ao ex-presidente Lula, o deputado Sargento Lima (PL) protestou. Lembrando que há três anos a Assembleia Legislativa tem protelado a votação em plenário por manobras legislativas do deputado Fabiano da Luz (PT).

O título foi proposto em 2008 pela então deputada Ana Paula Lima (PT), mulher do ex-deputado Décio Lima, pré-candidato a governador, e ambos compadres de Lula. Dez anos depois, em 2018, Lula recebeu o título em visita a Florianópolis. Garantido pelo Tribunal de Justiça do Estado. O TJ alegou que não poderia interferir em ato político do Legislativo.

Florianópolis é palco, hoje (10), do 1° Encontro Catarinense da Frente Pela Lealdade e Fórum Conservador Estadual. Na verdade, um evento do PL para alavancar as candidaturas de Jorginho Mello, Jair Bolsonaro e Jorge Seif Jr (senador), todos do PL.

Apoio implícito

Bolsonarista de quatro costados, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), será o coordenador da campanha a governador do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil) pela aliança que juntou os dois partidos. Por consequência, Loureiro terá de apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Que tem Jorginho Mello (PL) disputando o mesmo cargo.

Toma lá, dá cá!

“Jamais apoiaria um candidato que não apoiasse Bolsonaro”, garantiu Rodrigues durante evento do PSD. E arrematou: “Agora é Bolsonaro lá, e Gean Loureiro cá”. Bolsonaro vai subir em dois palanques? Mello tem sido, desde sempre, seu fiel escudeiro no Senado. Questionado sobre apoio a Bolsonaro, Loureiro enrolou, não disse “sim” e nem “não”.

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