Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Coluna: Política & Políticos – Ferryboat ou ponte?
A ideia do ferryboat foi retomada em 2017, mas no governo de Carlos Moisés (Republicanos) não houve acordo. E no atual também não.
18/09/2023
“Vou lutar por essa obra”, disse a vice-governadora Marilisa Boehm (PL/Joinville), pouco depois da posse, ao defender a construção de uma ponte, com extensão de 200 metros, ligando São Francisco do Sul e o Balneário de Barra do Sul. Outro projeto, com previsão de funcionar no ano passado, com serviços privatizados de ferryboat segue sem autorização do governo do Estado. Nos dois casos seria uma nova opção de tráfego para evitar a congestionada BR-280, e até mesmo de ligação com a BR-101 com a construção de acesso pela região do Itapocu. Ou pela SC-415. O trajeto pretendido vai da chamada boca da barra (Canal do Linguado), entre Barra do Sul e a Praia do Ervino, em São Chico. A ideia do ferryboat foi retomada em 2017, mas no governo de Carlos Moisés (Republicanos) não houve acordo. E no atual também não.
CURTAS
*Governo do Estado tem R$ 2,165 bilhões (R$ 665 milhões para remendos) em caixa para investir no Programa Estrada Boa, que vai recuperar 1.500 quilômetros de rodovias estaduais em 200 municípios. Mas, algumas licitações não têm atraído empreiteiras interessadas. Imagina-se que pelo preço (baixo) oferecido diante dos estragos a ser consertado.
*Ontem (18), Rafael Hahne, secretário de Transportes e Infraestrutura do prefeito Topázio Neto (PSD/Florianópolis) filiou-se ao MDB. Com isso fecham-se as portas para o ex-senador Dario Berger (PSB), cotado para voltar ao MDB. Mas que, porém, exigia a condição de candidato a prefeito da Ilha/Continente em 2024. Topázio vai à reeleição.
*Todas as 295 prefeituras catarinenses começam a receber questionário do Tribunal de Contas do Estado para respostas obrigatórias sobre políticas públicas das prefeituras voltadas a saúde mental. Na maioria, é provável que nem existam na prática, ou quase isso mesmo em municípios mais bem desenvolvidos.
*Na condição de presidente estadual do Republicanos, pelo que recebe salário e despesas pagas (da mesma forma que todos os presidentes de diretórios estaduais e nacionais) o ex-governador Carlos Moisés percorre o Estado mostrando obras, concluídas ou não no governo dele.
*As andanças de Moisés miram a formação de chapas do partido às eleições municipais de 2024. Pelo caminho ele aproveita para mostrar projetos do seu governo. Politicamente, isso incomoda o governador Jorginho Mello (PL) que já inaugurou obras do governo passado como se suas fossem.
*Santa Catarina, estado mais bolsonarista do país, certamente registrará, também, possíveis manifestações pelo Brasil afora no dia 15 de novembro, dia da Proclamação da República. Protestos contra o governo paralelo do Supremo Tribunal Federal, por suas decisões que atropelam até mesmo à Constituição Federal, e contra a omissão do Congresso Nacional.
Esperando a verba
Criado em 1991, com recursos do Estado (governo de Vilson Pedro Kleinübing) e Prefeitura de São Francisco do Sul, o Museu do Mar, que tem a Fundação Catarinense de Cultura como mantenedora, espera por R$ 3 milhões prometidos em agosto por Jorginho Mello (PL) para obras de restauração. Nestes 32 anos, o museu passou por grandes dificuldades. Tanto que o navegador Almir Klink chegou a comprar uma casa ao lado para abrigar o barco I.A.T Parati com o qual fez a travessia solitária (100 dias) do Oceano Atlântico em 1984. E doado ao museu com todo o equipamento original, inclusive a bússola e o sextante usados à época. Hoje o museu abriga uma réplica da embarcação, visto que estava se deteriorando. O deputado Antídio Lunelli (MDB) está cobrando a promessa de Jorginho.
VIA BRASIL
*Na quinta-feira (21) o Superior Tribunal Eleitoral, presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, julga recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornado inelegível pelo TSE por oito anos. Um dos cinco votos favoráveis (todos de ministros indicados por Lula da Silva em governos passados) foi do próprio Moraes.
*A acusação é de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação (TV Brasil) depois de reunião com embaixadores antes das eleições de 2022. Quando pôs em dúvida a confiabilidade do sistema eleitoral do país.
*Mas Bolsonaro se mostra como um especialista em piorar as coisas para si mesmo. No sábado (16), em redes sociais, JB chamou Lula da Silva (PT) de “cachaceiro” criticando a criação de mais um ministério, o 15º- da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Com a foto de um fundo de poço.
*A defesa do ex-presidente entende que as declarações de Jair Bolsonaro, motivo de sua ilegibilidade, foram feitas antes do período eleitoral, quando ainda não tinha oficializado sua candidatura à reeleição. A expectativa é a de que o TSE reverta a decisão. Vai esperando, vai esperando!
Lula & Bolsonaro
Quase um ano depois das eleições de outubro de 2022, uma pesquisa divulgada pelo Datafolha, na sexta-feira (15) aponta que a polarização política no país, entre Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) ainda é uma realidade. Das 2.016 pessoas ouvidas, diz o Datafolha, 29% se disseram petistas convictos, ou 3% a menos que a mesma pesquisa de dezembro do ano passado. Já o índice de bolsonaristas raiz se manteve estável, em 25%. Mesmo que, direta ou indiretamente, JB seja alvo de cinco investigações diferentes. Outros 21% de eleitores disseram não ter nenhuma ligação com o petismo ou o bolsonarismo.