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Coluna: Política & Políticos – Mais policiais na política

Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

06/06/2023

Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina está mobilizado para que mais representantes da categoria sejam inseridos no cenário político. O Sinpol quer mais policiais civis disputando eleições. Em 2022, dos 11 candidatos representando a PC, dois delegados e uma delegada se elegeram: Egídio Ferrari (PTB/Blumenau) e Maurício Eskudlark (PL/Canoinhas) deputados estaduais. E Marilisa Boehm (PL/Joinville) vice-governadora.

 

Crimes x questões sociais

“No contato diário com a população, o policial vê de perto não apenas a violência, mas as limitações na saúde pública, educação e infraestrutura. Em toda a minha carreira procurei mostrar que o crime está ligado diretamente à questão social, mas nunca fui ouvida. Por isso, entrei na política, para trabalhar na construção de soluções eficientes para reverter o problema”, discursou Marilisa na primeira edição de um ciclo de estudos da categoria.

 

CURTAS

*Governador Jorginho Mello (PL) é esperado em Jaraguá do Sul por estes dias. O Vale do Itapocu está no roteiro de visitas que faz a todas as regiões para saber dos próprios prefeitos as prioridades dos municípios que dependem de recursos do Estado para sair do papel. Na semana passada, em Concórdia, Mello disse que “oferecer dinheiro para prefeito é o mesmo que dar banana pra macaco”. Pegou mal, aliás.

* Quanto as obras projetadas com o Plano 1000 (mil reais por habitante), a retomada é uma promessa de Mello. Mas­­­ ainda não se pode dizer que há uma luz no fim do túnel. Além do que, agora há critérios definidos para o repasse dos recursos, o que já desagrada alguns aliados políticos. De qualquer forma, Mello deveria demorar-se um pouco mais por aqui.

*Nesse bate-volta, tipo ônibus de sacoleiros rumo ao Paraguai, não “verá” o que é preciso ver. Aliás, como senador que foi, talvez tenha passado uma vez pela região. Voltou em 2022 para conversa reservada com o ex-prefeito e hoje deputado, Antidio Lunelli (MDB). Que foi seu cabo eleitoral nos dois turnos. Mas que, nem por isso, diz amém para tudo.

 *Até ontem (6) a mensagem do governador Mello sobre o projeto Universidade Gratuita ainda não havia sido lida em plenário na Assembleia Legislativa. Aliás, nem sequer relatores das várias comissões permanentes da Assembleia tinham sido nomeados.

*Em julho há o recesso parlamentar (as férias do meio de ano dos deputados) da Assembleia, o que atrasará ainda mais a apreciação e votação da proposta. Desse modo, a pressa do governo, que quer implantar o projeto ainda no segundo semestre, segue em marcha lenta.

*Muitos deputados acham que a proposta, como está, é um cheque em branco para o governo fazer o que quiser, sem critérios e sem detalhamento de como e quem serão os beneficiados e qual a contrapartida das universidades. Para piorar, o Tribunal de Contas entrou no circuito e deu prazo de 15 dias para que o Executivo encaminhe toda a documentação do programa.

 

Sai de baixo!

Juiz João Marcos Buch, que respondia pela 3ª Vara Cívil de Joinville e pela corregedoria prisional, agora juiz de 2º Grau no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, é autor de processo contra o deputado estadual Jessé de Faria Lopes (PL/Florianópolis). Que, em 2021, em rede social, o chamou de energúmeno e defensor de bandidos quando Buch pediu explicações à Secretaria de Administração Prisional sobre a vacinação de presos contra a Covid 19. Em prazo de 45 dias, os deputados decidirão se Lopes será processado agora ou depois de encerrar o mandato. O diretório estadual do PL pediu à mesa diretora da Alesc a suspensão da ação que tramita no TJ.

 

VIA BRASIL

*Desde terça-feira (6) até dia 11, cinco partidos exibem propaganda partidária em rede nacional: (PV), (PDT), (PP), (PL) e Solidariedade, como o previsto no calendário de 2023. São inserções noturnas, entre 19h30 e 22h30. O conteúdo é o de sempre, com ênfase à conversa fiada pra boi dormir. Para eles é de graça, mas quem paga a conta é o contribuinte.

*Uma Proposta de Emenda à Constituição assinada pelo deputado federal Valdir Cobalchini (MDB), pondo fim ao famigerado foro especial para membros do Executivo, Legislativo e Judiciário que ocupam altos cargos e que cometam crimes comuns, vai dar no que falar.

*A iniciativa de Cobalchini não é novidade por lá. Em 2017 o Senado aprovou uma PEC neste sentido, mas até hoje ela não chegou à Câmara dos Deputados para ser votada, aprovada ou rejeitada. Para tramitação da PEC de Cobalchini é preciso 171 assinaturas.

*O artigo 171 do Código Penal diz que “obter para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”, a pena de reclusão vai de um a cinco anos. Seria mera coincidência?

Pacote com ônibus e caminhões

A proposta do governo para baratear os carros populares deve englobar ônibus e caminhões. Com duração de quatro meses e custo de R$ 1,5 bilhão, o foco é a redução de preço dos automóveis e de incentivo à renovação da frota do transporte coletivo e de carga com mais de 20 anos de uso. Com abatimento de R$ 2 mil até R$ 8 mil no preço final dos carros de valor original até R$ 120 mil. Além de subsídio para a redução do preço dos caminhões e ônibus, segundo o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O governo espera que em 120 dias a taxa de juros caia. Do contrário, volta tudo ao “normal”.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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