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Coluna: Política & Políticos – Vai, não vai?

Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

10/02/2023

“Dá forma que ele ofereceu, apenas um pedaço da Infraestrutura, o MDB não entrará”. A frase é do deputado federal Carlos Chiodini, também presidente estadual do MDB, sobre a participação do partido no governo de Jorginho Mello (PL). Chiodini fez referência a dois cargos-chaves já preenchidos por gente de confiança do governador e sem ligações com o MDB (Leia Política&Políticos 08/02/2023).

De bom tamanho

O MDB não quer só a Infraestrutura todinha para si e com seus R$ 2,5 bilhões de orçamento em 2023. Quer mais secretarias entre as sete novas que serão criadas com a reforma administrativa que Mello pretende fazer. Mas, o governador acha que sendo o secretário titular do partido (o MDB), já está de bom tamanho. E não dá sinais de ceder. Mello será candidato à reeleição em 2026 e o MDB já ameaça com candidato próprio.

Em tempo

Mello também não quer o ex-governador Pinho Moreira, membro do diretório estadual do MDB, como diretor-financeiro do Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (foi nomeado por Carlos Moisés). O BRDE é gerenciado pelo Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E contempla ex-governadores com cargos regiamente remunerados. Moreira tem salário de R$ 60 mil, não incluídas as mordomias inerentes à função.

CURTAS

  • Depois de muito bate-boca com outros partidos o PT, contrário à instalação de CPI para apurar atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília (até Lula não queria), conseguiu ficar a presidência, com o deputado federal Chico Vigilante, do Distrito Federal.
  • O temor é de que, se for tudo bem apurado, apareça gente do PT e de outros partidos de esquerda em meio ao quebra-quebra. Como é, aliás, a desconfiança geral de quem enxerga tudo aquilo com os dois olhos bem abertos, visto a inércia do governo federal à época.
  • O próprio ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que não moveu uma palha no 8 de janeiro (propositadamente, é claro), condena a CPI: “para que gastar tamanha energia cívica, tempo e dinheiro em uma investigação que já está acontecendo?”, argumenta.
  • O Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pela deputada Caroline de Toni (PL) com nossos (?) 16 deputados federais e três senadores, reuniu-se para discutir sobre obras federais que eles (os parlamentares) entendem como prioritárias.
  • Por exemplo, a conclusão das BRs-470, 162 e 282. E o resto que se lasque! Nenhuma palavrinha sobre a BR- 280, o que também não é novidade. Fazem parte do Fórum os deputados reeleitos Carlos Chiodini (MDB) e Fábio Schiochet (União Brasil).
  • Enquanto espera um sinal verde do amigo Geraldo Alckmim (PSB) para ocupar algum cargo federal em Santa Catarina, o ex-senador Dário Berger (PSB) segue discursando (via redes sociais) como se ainda estivesse em campanha à reeleição. Sem qualquer modéstia.

A volta de Dilma

Presidente Lula da Silva (PT) dá sinais de que pretende reintegrar ao governo a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). E, pelo visto, sem nenhuma preocupação com a imagem do Brasil “lá fora”, como costuma dizer. Na viagem que fará à China, Lula pode anunciar Rousseff para presidir o Novo Banco de Desenvolvimento (o Banco Brics), hoje comandado pelo economista brasileiro Marcos Troyjo, nomeado por Jair Bolsonaro e com mandato até 2024.

Tragédia anunciada

Do Brics, com sede em Xangai, criado em 2015 para promover maior cooperação financeira e de desenvolvimento entre mercados emergentes e ser gerido por executivos de alto nível, fazem parte o Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul. Dilma Rousseff, que entende bulhufas de economia e de negócios internacionais, substituiria o atual presidente, que só sai se renunciar ao cargo. Mas, que já deu sinais de que vai sair. É a tragédia anunciada.

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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