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Coluna: Política & Políticos

Confira os acontecimentos políticos que movimentam Santa Catarina

13/09/2022

Os abonados

Dos fundos Eleitoral, que banca as campanhas dos candidatos, e o Partidário, que sustenta os partidos políticos durante todo o ano, somado a doações de apoiadores, o senador Jorginho Mello (PL) já tinha na conta até domingo (11) R$ 6,14 milhões.  Depois aparecia o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil) com R$ 3,37 milhões e, em terceiro, o senador Esperidião Amin (PP) com R$ 2,34 milhões.

Os remediados

Carlos Moisés (Republicanos) era o quarto, com apenas R$ 1,8 milhão, dos quais R$ 1 milhão doado por Ricardo Brandão, dono da empresa Brametal, de Criciúma. Décio Lima (PT) vinha a seguir com R$ 1,25 milhão doados apenas pelo diretório nacional. Odair Tramontin (Novo) aparecia com R$ 142,6 mil como resultado de 33 doações de apoiadores. O partido não usa o FE. Por fim, Jorge Boeira (PDT), com total de R$ 98 mil. Dos quais R$ 88 mil doados por ele mesmo e R$ 10 mil pela filha.

 

ELEIÇÕES

*Segundo a secretaria estadual de Infraestrutura, estão em andamento uma centena de projetos para obras rodoviárias, com ênfase para o Oeste. Mas, do papel, demora a sair. Primeiro é preciso aprovar os projetos, depois obter licenças ambientais, executar desapropriações, licitar e, finalmente, contratar a empresa que fará a obra.

*Mas tudo, por enquanto, é propaganda eleitoral. Caso típico é a anunciada duplicação da SC-108 a partir de Guaramirim até a entrada do Bairro Butuca, em Massaranduba, numa extensão de 15,1 quilômetros. Há cinco anos (ou mais) se fala nisso e que agora, já em segunda licitação, deve sair. É promessa recente de Carlos Moisés (Republicanos).

*O Tribunal Regional Eleitoral mandou retirar da propaganda eleitoral de Carlos Moisés (Republicanos) uma alusão ao affair entre o ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro e uma ex-secretária de Turismo. O vídeo foi veiculado à exaustão em redes sociais em 2020, quando Loureiro foi reeleito prefeito da Capital. “Pesquise no Google”, sugeria a narrativa.

*Ministério Público de Santa Catarina move ação contra lei aprovada pela Câmara de Joinville, obrigando que leis municipais sobre propostas e projetos tragam os nomes dos autores desde que a iniciativa tenha sido de vereadores. Para valorizar o trabalho do Legislativo, é a justificativa. Mas o MPSC entende ser um desrespeito à impessoalidade citada na Constituição do Estado.

*Associação Empresarial de Criciúma, Câmara de Dirigentes Lojistas e Fórum da Entidades de Criciúma se uniram na campanha apartidária “Vote em candidatos do Sul”. Pelo óbvio. Quanto mais perto dos eleitos, mais fácil fica a cobrança. “Que o voto seja em favor daqueles que vivem e trabalham na região, em defesa das pautas do Sul”, é o apelo.

 

Moisés, o incomparável

Faltando 19 dias para as eleições de outubro, a monotonia da falação de candidatos majoritários tem seus momentos de compensação frente a avalanche de promessas que nos assola os ouvidos a cada dois anos. Por exemplo, frase repetida à exaustão pelo governador Carlos Moisés (Republicanos) na quinta-feira (8) quando esteve na Associação Empresarial de Jaraguá do Sul: “o nosso governo é incomparável”. Uma espetada em Raimundo Colombo (PSD), que lidera as pesquisas de intenção de votos para o Senado e que qualifica o atual governo como irresponsável por gastar por conta de orçamentos futuros.

Passado que incomoda

Na outra ponta os senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL) protagonizam bate boca que remonta ao passado político de ambos. Lá para os lados de Joaçaba, no Oeste catarinense. Mello foi vereador na vizinha Herval D’Oeste (1977/1980). Agora, com cada um querendo ser mais bolsonarista que o outro, se acusam mutuamente de apoio às candidaturas dos ex-presidentes Lula da Silva (Amin) e Dilma Rousseff (Mello). O que querem, na verdade, é esconder um passado que no momento não lhes interessa eleitoralmente.

 

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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