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Coluna: Prefeito de Joinville veta absorventes

Pouco antes de entrar em férias por quinze dias, evitando que a vice-prefeita, Rejane Gambim (Novo), que assumiu o cargo, assinasse o ato, já que o projeto é de autoria de uma vereadora

05/01/2022

Projeto aprovado pela Câmara de Joinville para distribuição de produtos de higiene feminina, entre eles absorventes, foi vetado pelo prefeito Adriano Silva (Novo), na segunda-feira (3). E pouco antes de entrar em férias por quinze dias, evitando que a vice-prefeita, Rejane Gambim (Novo), que assumiu o cargo, assinasse o ato, já que o projeto é de autoria de uma vereadora, Ana Lucia (PSL). Agora cabe à Câmara aceitar ou rejeitar o veto.

Só um voto contra

Entre os 19 vereadores, o único voto contrário foi de Neto Petters, também do Novo, para quem o projeto não informava sobre a forma de distribuição do material. E, ainda, que as pessoas estão “cansadas de pagar impostos”. Para ele, a proposta não passa de “assistencialismo” e que sua implanta­ção exigiria a criação de mais um imposto. Argumentos também usados pelo prefeito.

Se distribuem camisinhas…

O questionamento mais sensato partiu da vereadora Tânia Larson (PSL): “Não vejo valor absurdo para que o município não assuma esta responsabilidade. Vejo como valor à mulher. Se distribui (a prefeitura) camisinhas nos postos de saúde, por que não oferecer absorventes?”. No âmbito do Estado o governador Carlos Moisés (sem partido) já sancionou lei nesse sentido.

Moisés no PSC?

Governador Carlos Moisés (sem partido) cancelou agenda que tinha para hoje (5) e amanhã (6) em Criciúma e outros quatro municípios da região para uma conversa ao pé de ouvido com o governador do Amazonas, Wilson Lima, uma das lideranças crescentes do Partido Social Cristão. Nos bastidores já se especula que pode ser esse o destino político de Moisés.

Apoiando Bolsonaro

PTB e PL devem caminhar juntos nas eleições desse ano em Santa Catarina. Os dois partidos, presididos pelo senador Jorginho Mello (PL), candidato a governador, e pelo deputado estadual Kennedy Nunes (PTB), candidato a senador, são apoiadores da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). E, por isso mesmo, devem armar palanque único no Estado.

Nada como uma eleição

A foto mostra o prefeito Fabrício Oliveira (Podemos), o senador Dario Berger (MDB) e o governador Carlos Moisés (sem partido) no ato de assinatura da concessão Centro de Eventos de Balneário Camboriú ao consórcio BC Eventos por 20 anos e que, por isso, já pagou R$ 10 milhões. A estrutura, que começou a ser construída em 2015 (governo de Raimundo Colombo/PSD) custou R$ 139 milhões em recursos dos governos estadual e federal e estava há cerca de dois anos concluída. A expectativa é de que o Centro gere receita mensal de R$ 20 milhões, com 10% repassados ao Estado. Detalhe: Fabrício, Berger e Moisés (reeleição) são pré-candidatos ao governo do Estado. Os dois primeiros críticos contumazes do governador. Mas, pelo precioso voto nas urnas, vale até aturar uns aos outros.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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