Política

Juiz Criminal trata com vereadoras sobre violência doméstica em Jaraguá do Sul

Segundo dados da Rede Catarina da Polícia Militar, em 2022 (até o dia 31 de julho) foram 308 medidas protetivas e 327 atendimentos de ocorrências de agressão contra mulheres

12/08/2022

O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Jaraguá do Sul, Dr. Crystian Krautchychyn, participou da sessão de terça-feira (9) na Câmara de Vereadores, por convite das Procuradoras da Mulher e vereadoras Sirley Schappo e Nina Santin Camello.O magistrado abordou questões relacionadas à violência doméstica e aos trabalhos realizados pela Justiça sobre o assunto. Os números têm aumentado. Segundo dados da Rede Catarina da Polícia Militar, em 2021 foram feitas 421 medidas protetivas, 539 ocorrências e em 47 oportunidades o Botão do Pânico foi acionado. Já em 2022 (até o dia 31 de julho) foram 308 medidas protetivas e 327 atendimentos de ocorrências de agressão contra mulheres.

Para o Dr. Crystian, essa elevação nos casos tem duas razões: a pandemia de coronavírus, que enclausurou as famílias dentro de casa, e a facilidade cada vez maior de denunciar e registrar as ocorrências. O juiz ressalta que, no seu entendimento, a melhor proposta para melhorar esses números é a de aproximar os homens dos debates e das discussões sobre o tema, a fim de sensibilizá-los e fazê-los entender o porquê da situação.Ele também lembrou que antes de assumir a Comarca, havia o programa Paz nos Lares com oficinas para os homens que eram denunciados por agressões a mulheres.

“É preciso trabalhar o homem e fazer ele entender os porquês, por que aquele relacionamento desencadeou em violência”, frisa. O programa foi paralisado.

Sirley e Nina indagaram ao magistrado sobre a possibilidade de a Comarca retomar a realização dessas oficinas e se algum outro trabalho semelhante pode ser feito para ajudar a mudar essa realidade. Crystian Krautchychyn relatou que, atualmente, a estrutura da Comarca está sobrecarregada e vários funcionários estão atuando com acumulação de tarefas. Ele afirma que, se forem iniciados, os trabalhos com os agressores precisam ter continuidade e não podem ser interrompidos, mas, no momento, faltam braços para pôr em prática o projeto.

Ele avisou às vereadoras que a questão vai ser revista e que a tendência é a de terceirizar o serviço, contratando profissionais externos à estrutura da Justiça em Jaraguá do Sul.

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