Política

Moraes diz que definição sobre fechamento de clubes de tiro sai até sexta-feira (30)

Fechamento dos clubes de tiro tem sido uma demanda recorrente apresentada ao tribunal

29/09/2022

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, disse, terça-feira (27), após a sessão do TSE, que vai definir até a sexta-feira (30) se haverá proibição de funcionamento de clubes de tiro durante as eleições deste ano, marcadas para o próximo domingo (2). O fechamento dos clubes de tiro tem sido uma demanda recorrente apresentada ao TSE, com o objetivo de reduzir as chances de crimes motivados por violência política por causa das eleições.

 

“Nós estamos em uma área que não afeta de maneira alguma as eleições, não tem nada a ver com violência. Mas se o tribunal decidir que os estandes de tiro sejam fechados, não teremos problemas com isso” – José de Anchieta Jerônimo, presidente da FBTE (Federação Brasiliense de Tiro Esportivo).

 

O assunto vem sendo debatido no TSE há semanas, mas ainda não houve decisão sobre como se daria a proibição. No fim de agosto, o Tribunal proibiu, por unanimidade, o porte de armas de fogo nos dias das eleições deste ano nos colégios eleitorais e em um raio de 100 metros das seções eleitorais. Esta restrição começa a valer 48 horas antes das eleições e termina após 24 horas da votação.

Em seu voto, Lewandowski disse que há “acentuada confrontação” na sociedade e que “esse perigo vem se agravando por uma maior polarização política, fenômeno intensificado pelas mídias sociais”.

Presidentes de centrais sindicais discutiram a proposta com Moraes em reunião no TSE. As entidades alegam que o risco elevado de violência política torna necessário o fechamento dos clubes de tiro, seguindo a mesma justificativa que levou o tribunal a proibir o porte de armas por cidadãos no primeiro turno. “Ele [Moraes] disse que está em discussão e que é um tema que será resolvido nas próximas horas”, disse Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

 

Atirador não vê necessidade, mas cumprirá decisão.

 

O atirador José de Anchieta Jerônimo, presidente da FBTE (Federação Brasiliense de Tiro Esportivo), afirmou que, pessoalmente, não vê necessidade na medida, mas que a federação cumpriria eventual decisão da Corte. “Nós estamos em uma área que não afeta de maneira alguma as eleições, não tem nada a ver com violência. Mas se o tribunal decidir que os estandes de tiro sejam fechados, não teremos problemas com isso”, disse.

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