Política

Olho nas Urnas: Eleitores em Lisboa

Este ano, os eleitores brasileiros poderão votar em 181 cidades estrangeiras

28/09/2022

Lisboa é a cidade com maior quantidade de brasileiros habilitados a votar no dia 2 de outubro, com 45,2 mil eleitores. Em seguida aparecem Miami e Boston, ambas nos Estados Unidos, com 40,1 mil e 37,1 mil eleitores, respectivamente. Também há número considerável em Nagoia, no Japão, com 35,6 mil brasileiros. E em Londres, na Inglaterra, com 34,4 mil. As mulheres são maioria do eleitorado no exterior, representando 58,54%. A maior parte dos eleitores tem entre 35 e 44 anos.

 

Urnas em 181 cidades – Em 2022, são cerca de 697 mil brasileiros com domicílio eleitoral no exterior aptos a votar, porém exclusivamente para presidente. O Tribunal Superior Eleitoral aponta que o número é 39,21% maior que o da última eleição, em 2018, quando ultrapassou 500 mil. Este ano, os eleitores brasileiros poderão votar em 181 cidades estrangeiras. A pedido do Ministério das Relações Exteriores, o TSE autorizou para as eleições 2.022 postos de votação fora da sede das embaixadas e repartições consulares em 21 países.

 

Menores de 18 – Também no exterior, o voto é facultativo para os menores de 18 anos, maiores de 70 anos e pessoas analfabetas. Brasileiros com domicílio eleitoral no exterior que não puderem comparecer no dia da eleição terão de justificar a ausência pelo e-Título, pelo Sistema Justifica ou mediante o formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral (a ser entregue após a eleição). Quem mantém domicílio eleitoral no Brasil, mas estiver no exterior no dia da eleição também terá de justificar a ausência no pleito.

 

Conferindo o voto – Estas eleições terão uma novidade no processo de votação. Após o eleitor escolher cada candidato, o sistema emitirá a frase “confira seu voto”, antes da confirmação. O objetivo da mudança é a redução de votos equivocados, já que os eleitores votarão cinco vezes no primeiro turno (presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual). E até duas vezes se houver segundo turno para presidente e em estados onde o governador não for eleito em primeiro turno.

 

Os suplentes – Para os cargos do sistema proporcional, a regra é que os suplentes serão os candidatos mais bem votados do partido ou da coligação logo depois daqueles que foram eleitos. Já para senador, cargo definido pelo sistema majoritário, os dois suplentes são escolhidos previamente. A vaga é do primeiro suplente e, em caso de impedimento deste, a cadeira fica com o segundo suplente. Projeto de lei do senador Fabio Comparato (Rede/ES) já em tramitação proíbe a indicação de parentes ou cônjuges para essas vagas. Fato corriqueiro nos dias atuais.

 

Maioria à reeleição – Dos 513 deputados federais atuais, 448 concorrem a um novo mandato na Câmara dos Deputados nas eleições de 2 de outubro. O equivalente a cerca de 9 em cada 10 parlamentares. São 389 deputados e 59 deputadas que se recandidataram. O número supera a eleição de 2018, quando 406 deputados buscaram a reeleição. Outros 49 disputarão cargos diversos, no Legislativo e no Executivo e somente 16 parlamentares não se candidataram a nenhum cargo, número inferior ao de 2018, quando 31 deputados decidiram não disputar a eleição. Os partidos com mais candidatos à reeleição para a Câmara são PL (70), PT (53) e PP, PSD e União, os três últimos com 44 cada um.

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