Política e Políticos – Quintais mais limpos

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

Depois de vários apelos da Câmara de Vereadores e de outros segmentos comunitários, a Prefeitura de Jaraguá do Sul, sempre nos fins de semana, volta a recolher entulhos. Mas, pelo visto, só por conta da epidemia da dengue, que deixou o município em estado de atenção. Na última edição, em 2018, foram recolhidas impressionantes 641 toneladas de materiais – móveis velhos, colchões, fogões, geladeiras, camas, sofás, computadores, etc.

Originalmente batizado de “Aqui Eu Moro, Aqui Eu Cuido” a primeira ação do gênero foi lançada em junho de 2009, no governo de Cecília Konnel. Mas foi suspenso em 2018, na gestão de Antidio Lunelli. A partir de então, a população passou a ter um único ponto de descarte, junto a Arena Jaraguá. Ou pagar altos fretes pelo serviço. Ponto para os vereadores, pela insistência.

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CURTAS

*Deputado federal Ricardo Guidi (PSD), atual secretário estadual do Meio Ambiente e com pretensões de ser prefeito de Criciúma, está numa encruzilhada. O partido, liderado pelo prefeito Clésio Salvaro, não o quer na disputa.

*Já o PL o receberia de braços abertos, mas Guidi precisa ser liberado pelo diretório nacional do PSD para mudar de partido, sob pena de perder o mandato. Perguntar não ofende: prevalecerá a fidelidade partidária ou o próprio ego?

*A Assembleia Legislativa retoma o modelo das sessões itinerantes de passado recente com calendário já definido: Blumenau (7 e 8 de maio), Joinville (18 e 19 de junho), Criciúma (09 e 10 de julho), Lages (29 e 30 de outubro) e Chapecó (12 e 13 de novembro).

*Além de se caracterizarem como sessões deliberativas (votação de projetos, eventualmente), o espaço ocupado regimentalmente pelos partidos políticos será cedido às queixas de prefeitos e entidades regionais. Em ano eleitoral, vão ouvir o quer eles chamam de “a voz do povo”.

*Deputado Mauro de Nadal (MDB) disse ser contra a cassação do senador Jorge Seif (PL). Mas, se isso acontecer, ele está pronto para cumprir “missão partidária” e se candidatar em eleição complementar, se houver. Com Celso Maldaner, o MDB fez 304 mil votos em 2022.

*Uma parceria do governo com 32 prefeituras envolve 8 mil presos do sistema carcerário catarinense no programa “Trabalho pela Liberdade” em setores da construção civil, carpintaria, pintura, manutenção, sob supervisão do Estado. Até 2023, eram cerca de 25 mil presos. No governo de Esperidião Amin (PP), limpavam as margens de rodovias estaduais.

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O MDB “revoltado”

Mauro de Nadal (MDB), presidente da Assembleia Legislativa e mediador da bancada do partido com o governador Jorginho Mello (PL), pela primeira vez manifestou publicamente o “descontentamento” emedebista com o Executivo. O MDB, diga-se, é governista por conveniência. A queixa mirou a rede de saúde pública, até então nunca criticada abertamente por Nadal. “Não tem como falar sobre cirurgias eletivas.

Essa conversa está morta. São só os prefeitos que estão fazendo”, disparou o deputado. Mas o motivo real da crítica é outro, além do quinhão de cargos no governo (uma secretaria). Em ano eleitoral, Mello tem aliciado prefeitos do MDB, negociando recursos para obras em troca de filiação no PL. O que deixa lideranças emedebistas enfurecidas.

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VIA BRASIL

* Deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) deve disputar a prefeitura de Balneário Camboriú, contra a vontade expressa do atual prefeito, Fabricio Oliveira (PL) e de quem foi o vice por dois mandatos.

*Em Itajaí o candidato a prefeito do PL é Robinson Coelho, ex-vereador e atual secretário estadual adjunto da secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias. Preferido dos eleitores, segundo apontou uma pesquisa interna do partido.

*Em Blumenau, o deputado estadual Egídio Ferrari, agora liberado pelo PRD, vai para o PL e será o candidato a prefeito do partido. Nos três casos, quem bateu o martelo foi o governador Jorginho Mello (PL), que é quem de fato manda no PL.

*Em Joinville, com a pandemia da dengue, postos de saúde, PAs, hospitais públicos e privados estão lotados. Uma médica foi agredida fisicamente e pediu demissão. Joinville tem cerca de 5,5 mil notificações e 26 mortes já confirmadas.

Toma lá, dá cá

Lula da Silva (PT) deve se aproximar de pastores com voz política no Congresso para ampliar o diálogo com a bancada evangélica. Assim como fez com empresários do agronegócio, que até recentemente eram repudiados pelo petista. A avaliação é de ministros do governo visto a queda da popularidade de Lula nas últimas pesquisas.

Parlamentares evangélicos querem negociar e aprovar isenções de descontos sobre os salários dos pastores e imunidade tributária total às Igrejas. Na base do “se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.

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