Política e Políticos – O desafio da IA

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

No dia 6 de outubro, 5.640.659 eleitores catarinenses devem ir às urnas para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Para a Justiça Eleitoral, o maior desafio é o uso da inteligência artificial, principalmente nas propagandas eleitorais. A presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, disse que TRE está preparado com servidores capacitados, além de 100 juízes eleitorais. Por exemplo, vedação absoluta do uso de deepfake, conteúdo fabricado em formato de áudio, vídeo ou combinação de ambos gerado ou manipulado digitalmente para criar, substituir ou alterar imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia. Dessa vez, pelo visto, vão deixar o Leonel Brizola em paz.

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CURTAS

*Na convenção do Podemos, Manuela Wolf, que já foi chefe de gabinete e secretária municipal da Educação, foi confirmada como candidata a prefeita de Jaraguá do Sul. Ela e o partido são novatos na disputa majoritária. Na chapa, o vice é o professor Francisco de Assis Rocha, do PT. No plano nacional o Podemos é governista, aliado de Lula da Silva (PT).

*Em toda a história das urnas de Jaraguá do Sul o PT logrou eleger cinco vereadores. Dois deles em 2004, com Jaime Negherbon e Jurandir Michels, que migraram para o MDB e PV. Em 2008 elegeu Francisco Alves e Justino Pereira da Luz. E, em 2012, João Fiamoncini, hoje filiado ao PL. O PT disputou a prefeitura uma vez, em 1996, com Dionei Walter da Silva.

*Até dia 15 de agosto a lei eleitoral permite mudanças nas chapas majoritárias, mas até domingo (4), em quatro dos maiores cinco municípios do Vale do Itapocu, seis mulheres constavam de chapas majoritárias como candidatas a prefeitas ou vices. Corupá, Schroeder e Guaramirim, com uma cada. E Jaraguá do Sul com três. Exceção fica com Massaranduba.

*Em Joinville, maior colégio eleitoral do estado, o PL tem uma mulher de vice, mas lá e em Florianópolis, o segundo com maior número de eleitores, partido nenhum lançou mulheres como cabeças de chapa. E tem candidato a prefeito defendendo uma maior participação das mulheres na política.

*Em Blumenau, o terceiro maior colégio eleitoral, duas mulheres são cabeças de chapa: a deputada federal Ana Paula Lima (PT), que em 2020 na mesma eleição fez 8.359 votos. E Rosane Magaly Martins (PSOL), candidata a deputada estadual em 2022, com 3.387 votos.

*Em um mês e uma semana o eleitor catarinense terá, de novo, a grande oportunidade de banir das urnas, pelo voto, um bando de aventureiros, aproveitadores e oportunistas. Gente inservível até para o “abre portas” de carros oficiais. E sempre bem pagos, compulsoriamente, pelo dinheiro dos impostos.

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Tolerância zero!

Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Tribunal Regional Eleitoral, Ministério Público de Santa Catarina e Tribunal de Contas do Estado lançam hoje (6) uma campanha contra a violência política de gênero, que não será tolerada nas eleições deste ano. A violência política de gênero é crime, caracterizado por toda e qualquer ação destinada a excluir, restringir ou coagir as mulheres, candidatas ou com mandatos no ambiente político.

É lei no Brasil desde agosto de 2021. São exemplos dessas violências as agressões físicas, verbais, o assédio sexual, chantagens e ameaças. No ambiente virtual, com informações falsas, ataques ou discursos de ódio nas redes sociais. A lei prevê penas de um a quatro anos de prisão para quem agredir candidatas e mulheres eleitas.

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VIA BRASIL

*Vitor Silveira, presidente interino do diretório estadual do PT, projeta a eleição de 25 prefeitos, mais que o dobro dos 11 eleitos em 2020. Em chapas com MDB e PP, por exemplo, aliados do governo Lula da Silva (PT). O raciocínio é mesmo do presidente licenciado, Décio Lima, que vê as urnas estufadas de votos por ter ido ao segundo turno na eleição para governador.

*Em Chapecó o prefeito João Rodrigues (PSD) vai à reeleição em chapa pura. O vice é o vereador Valmor Scolari. Progressistas, União Brasil, Republicanos, Podemos e PDT formam o arco de alianças de Rodrigues, que já foi prefeito entre 2009 e 2010, elegendo-se então deputado federal. Chapecó é forte reduto do PT que já governou a cidade, entre 1997 e 2002.

* “A prioridade não é a vaidade política ou um projeto pessoal, mas sim o bem-estar e o futuro de Chapecó“. Trecho da nota do PL de Chapecó que não terá candidato a prefeito, mesmo com duas deputadas federais eleitas em 2022: Carol de Toni e Daniela Reinehr. E quem quiser que acredite. Já o MDB, também sem candidato, está com a reeleição de João Rodrigues (PSD), virtual candidato a governador em 2026 contra Jorginho Mello (PL), de cujo governo o MDB faz parte. E segue o baile!

“Eu sou a prova viva de que é possível coligar com o povo. Ninguém quis se coligar comigo também”, disse o governador Jorginho Mello (PL) em palavras incentivo ao deputado Sargento Lima (PL), candidato a prefeito de Joinville em chapa pura.

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Uma “missão de vida”

“Trabalhar por Itajaí se tornou uma missão de vida. Os que estão aqui hoje é porque acreditam no nosso projeto, de colocar Itajaí em primeiro lugar”. O discurso é do deputado federal jaraguaense, Carlos Chiodini (MDB), agora oficialmente candidato a prefeito da cidade portuária: “Nossa cidade (Itajaí) tem vocação para ser uma verdadeira potência econômica, com geração de empregos, saúde, educação, segurança e infraestrutura de qualidade. É o que queremos, um projeto sério, construtivo e de futuro, pensando nos itajaienses”, emendou Chiodini, que nunca disputou eleição do gênero em Jaraguá do Sul, sua cidade natal.

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