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Política e Políticos – Rodovias estaduais sem pedágios

Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

13/02/2024

Política e Políticos – “Nas (rodovias) estaduais, não vamos pedagiar, vamos recuperar. Até o final do ano (2024) vamos entregar 73% de estradas ótimas e boas”. A fala é do governador Jorginho Mello (PL) durante entrevista ao SBTSCC. Mas em setembro de 2022, quando candidato a governador, Mello defendeu pedágios em estradas estaduais em entrevista ao site “Informe Blumenau” ao dizer que “nós precisamos terminar todas as obras de infraestrutura, essas estradas, para depois que melhorar elas todas, tem que pedagiar…”.

 

Mello tentou tirar sua declaração replicada no programa eleitoral do também candidato a governador, Esperidião Amin, o que foi negado pela Justiça Eleitoral.

 

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Política e Políticos – Rodovias estaduais sem pedágios

Uma proposta antiga

 

A cobrança de pedágio remonta ao governo de Esperidião Amin (PP), que à época discordou. Mais recentemente, no governo de Raimundo Colombo (PSD), estudos foram feitos em 25 rodovias estaduais que fazem conexão com estradas federais e que poderiam ser concedidas à iniciativa privada. A proposta ganhou corpo no governo de Carlos Moisés (Republicanos) mas, pelo visto, por enquanto está sepultada com o programa “Estrada Boa” lançado por Mello. E que tem financiamento do BNDES, Banco Mundial e recursos próprios, totalizando R$ 2,1 bilhões para pavimentar e recuperar 1,5 mil quilômetros de rodovias que cortam 200 municípios em 600 localidades.

 

 

Política e Políticos – CURTAS

 

*Fabricio Oliveira (PL), prefeito de Balneário Camboriú, elegeu-se para dois mandatos consecutivos (pelo PSB e Podemos) ao ganhar notoriedade no cenário político nacional. Como se fosse deputado e sem ser questionado, posicionou-se estrategicamente ao lado do microfone onde ocorria a votação, na Câmara dos Deputados, do impeachment de Dilma Rousseff (PT).

 

*Foram duas eleições com o mesmo vice, Carlos Humberto (PL), agora deputado estadual eleito em 2022, mas fazendo sombra para Fabricio no cenário político de uma das mais cobiçadas prefeituras de SC. Oliveira tenta impor a candidatura de um ex-prefeito (2002/2008), Rubens Spernaus (PL), ex-PSDB e atual secretário de Planejamento.

 

*Fabricio acusa Humberto de não cumprir acordo feito com o MDB em 2022 para ter o apoio deste partido na eleição para deputado, porém com o compromisso de abrir mão, em 2024, da disputa pela prefeitura de Balneário Camboriú.

 

*O acordo teria sido fechado entre Fabrício, o governador Jorginho Mello (PL) e o presidente estadual do MDB e deputado federal Carlos Chiodini. Resumindo, jogaram a batata quente nas mãos de Mello, que a jogou de volta. Oliveira, diz Mello, é quem decidirá o candidato à sua sucessão.

 

*Em Balneário Camboriú quem também vai para a disputa pela prefeitura é a vereadora Juliana Pavan (PSDB), que deve se filiar no PSD em encontro estadual de lideranças do partido dia 11 de março. O pai, Leonel Pavan, foi prefeito de BC por três vezes, sempre pelo PDT: 1989/1992/1997/2000 e 2001/2002.

 

*No terceiro mandato de Leonel Pavan como prefeito de Balneário Camboriú, o vice era Rubens Spernaus (o candidato de Oliveira) eleito prefeito em 2002 pelo PSDB e sucedendo Pavan na prefeitura. Agora no PSD, Pavan vai disputar a prefeitura de Camboriú, município limítrofe e de quem BC emancipou-se em 1964.

 

 

Lunelli senador?

 

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Visto o real risco de Jorge Seif (PL) perder o mandato por abuso de poder econômico em julgamento no Superior Tribunal Eleitoral marcado para março, o deputado Antidio Lunelli (MDB), alvo de uma rasteira de “colegas” do próprio partido quando era pré-candidato a governador em 2022, é nome lembrado (no partido) para a eleição suplementar. Aliás, o Supremo Tribunal Federal já decidiu que Raimundo Colombo (PSD), segundo colocado na disputa, não assumirá temporariamente e muito menos ficará com a vaga de Seif se a cassação for consumada. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e integrante da base governista de Jorginho Mello (PL), Lunelli pode cacifar candidatura ao Senado. Mas no PL o nome ventilado é o da deputada federal Carol De Toni. Quem viver, verá.

 

 

Política e Políticos – VIA BRASIL

 

*Ex-presidente Jair Bolsonaro quer vetar o apoio do PL à reeleição do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD). E não é para menos. Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, ex-ministro de Dilma Rousseff (PT) e com trânsito livre no governo Lula onde o partido tem três ministérios, comandou a votação dos deputados e senadores do partido a favor do indiciamento de JB na CPI do 8 de janeiro.

 

*O MDB catarinense marcou para 26 de fevereiro, uma segunda-feira, a convenção estadual para eleger seu novo diretório regional. Desde a renúncia do ex-deputado federal Celso Maldaner, em novembro de 2022, o partido vive em regime de comissão provisória presidida por Carlos Chiodini, deputado federal. E que deve ser eleito presidente.

 

* Já está em Brasília, a quem compete analisar, propostas do governo do Estado de projetos para construção de barragens e obras complexas de dragagem de rios que totalizam, a preços de hoje, R$ 5 bilhões. Com foco principal no Vale do Itajaí, mas ainda sem quaisquer perspectivas de liberação dos recursos.

 

* Com validade até 30 de abril de 2024, a rede de hospitais filantrópicos aguarda com expectativa a prorrogação do convênio 179/2021, que concede isenção do ICMS nas contas de energia das instituições de saúde.  O secretário estadual da Fazenda, Cleverson Siewert, apoia.

 

Casan cobra indenização

 

Uma ação da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento contra a Prefeitura de Joinville datada de 2006 cobra indenização de R$ 350 milhões (em valor atualizado pela inflação). A Casan quer ser ressarcida de investimentos feitos no município entre os anos de 1973 e 2005 quando administrou o sistema de água e esgoto.

 

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Por isso, há 18 anos o sistema foi municipalizado, segundo a prefeitura, porque mesmo com a concessão sendo superavitária os investimentos de Casan ficaram abaixo das demandas da cidade. Como curiosidade: em 1975, no governo do então prefeito de Blumenau, Felix Christiano Theiss (MDB) a Casan tentou encampar o Serviço Municipal de Águas e Esgoto da cidade, prometendo grandes investimentos. A proposta foi rechaçada porque a estatal queria para si, e de graça, todo o patrimônio do Samae.

 

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