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Coluna: As Independências Financeiras

Sei que a primeira imagem que vem na sua mente e esta é a utopia de muitos, de que uma pessoa independente financeiramente é aquela que não precisa trabalhar, que vive de aluguéis, dividendos ou de rendimentos de suas aplicações.

15/04/2022

Caro (a) leitor (a), hoje quero iniciar uma provocação contigo, como anda sua relação com o dinheiro? Sim isto, mesmo. A resposta para esta pergunta é somente sua, consigo mesmo. Todos temos nossa forma pessoal de nos relacionarmos com o dinheiro. E por que quero tratar disto? Porque a intenção é ajudá-lo para que a cada dia que passa tenhas uma melhor relação com ele.

Na sequência quero partilhar, as 5 independências financeiras que todos devemos buscar alcançar. Importante: não se compare com os demais, saiba que o tempo (ele) é único para cada um. Talvez, para algumas das independências abaixo, certos leitores irão conseguir em pouco tempo, outros precisarão de anos, mas o que importa é criar um plano e ir melhorando aos poucos. Acima de tudo, comece. Existe um provérbio chinês que diz o seguinte: “Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”.

Sei que a primeira imagem que vem na sua mente e esta é a utopia de muitos, de que uma pessoa independente financeiramente é aquela que não precisa trabalhar, que vive de aluguéis, dividendos ou de rendimentos de suas aplicações. E não há nada de errado em pensar nisto, contudo, quero lembrar que existem outras e que não deixam de ser fases para a tão almejada que todos sonham.

Antes, uma reflexão adicional. Como muitos que me conhecem sabem o quanto eu sou um admirador do fantástico esporte tênis. Para quem não acompanha, talvez nem saiba quem são as pessoas que irei citar, Roger Federer e Ashleigh Barty. Explico. O primeiro detém diversos recordes, e já próximo dos seus 40 anos, ainda busca voltar as quadras, ele não precisa disto, não é pelo dinheiro, mas sim por um ideal pessoal. Exemplo para muitos jovens. Já a segunda, também atingiu grandes resultados, e por motivos pessoais, resolveu parar de jogar tênis, os reais motivos somente ela sabe, mas nas suas palavras “[…] mas sei que o momento é agora para eu parar, buscar outros sonhos e descansar as raquetes”.

1 – Independência dos pais: No atual momento, esta independência se tornou relativa. Muitos jovens ainda moram com seus pais, e apesar de terem suas próprias rendas, se beneficiam de várias benesses, a famosa “roupa lavada e comida pronta”, ou seja, gastos essenciais ainda não são suas preocupações. E muitos ainda contam com auxílio de seus pais. Por isto, que como dito acima, o tempo é individual para cada um.

2 – Independência das dívidas: Este item pode ser tema para outros artigos, mas fica para os próximos. O conceito dela é quando consegues manter seu padrão de vida sem contratares crédito. É certo que para planos maiores, muitas vezes, precisarás recorrer ao crédito. Contudo, saiba que atualmente no Brasil, 75% das famílias estão endividadas. E o que fazer para mudar isto? Somente com uma mudança radical e principalmente através da educação financeira.

3 – Independência do ciclo salarial: Se num certo mês, o seu empregador demorar alguns dias para lhe pagar, ou se certo cliente atrasar o pagamento, como você fica? Se ficas preocupado é porque depende dos seus ganhos mensais, mas se consegue se manter com suas reservas por dias ou até semanas sem querer ‘arrancar os cabelos’, é porque atingistes esta independência.

4 – Independência do emprego: Esta independência é também relativa, mas a regra geral é de ter guardado no mínimo a seis meses referente aos seus gastos, para que possa dizer que detém esta independência. Para que no caso de ficar desempregado ou insatisfeito no emprego atual, possa buscar outros sonhos e projetos.

5 – Independência do trabalho: Esta é a tão famosa e muitas vezes utópica independência. Nesta fase, a pessoa trabalha porque quer, porque deseja deixar um legado, enfim porque ela tem um propósito. Contudo, ela atingiu a independência, pois seus rendimentos são suficientes para manter o padrão de vida que deseja.

Consideração final importante: A independência do trabalho, como todas as outras são relativas. Somente você, sabe qual é a sua em cada uma delas.

Explico, para certa pessoa, se ela tiver um patrimônio que lhe gere de renda R$ 2.000 ao mês e o seu padrão de vida é módico/simples e ela está feliz desta forma, ela atingiu a independência do trabalho, já em contrapartida, se uma pessoa almeja muito mais, ou seja uma renda mensal de R$ 20.000 para ter o padrão de vida que quer, precisa de muito mais patrimônio para atingir a tão sonhada independência do trabalho.

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Por

Advogado, inscrito na OAB/SC 37.773. Pós-graduado em Direito Empresarial e Advocacia Societária. Escritor e Consultor de Finanças Pessoais.

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