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Isolamento social fez animais silvestres aparecem em Jaraguá do Sul

Já foram resgatados no município 97 animais silvestres entre aves, répteis e mamíferos até o momento.

29/04/2020

Ao que tudo indica, os animais das matas que circundam o Município aproveitaram a quarentena do coronavirus covid-19 para circular em locais antes exclusivos dos seres humanos. Depois do cervo no bairro Amizade e do Tamanduá-Mirim no Jaraguá Esquerdo, foi a vez de um tatu-galinha (nome científico Dasypus novemcinctus) e de duas serpentes visitarem os moradores de Jaraguá do Sul.

Infelizmente a exemplo do cervo, o tatu, encontrado fim de semana numa área residencial da Ilha da Figueira, não sobreviveu aos ferimentos provavelmente causados por outro animal. Já no Centro, os funcionários de uma loja na Rua Reinoldo Rau foram surpreendidos com a presença de uma serpente em um dos banheiros do estabelecimento na tarde desta segunda-feira (27).

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Acionada, a equipe da Fujama foi até o local e constatou que se tratava de uma boipeva (Xenodon neuwiedi), espécie inofensiva. “Até pela coloração o pessoal confunde com a Jararaca”, explicou o biólogo Christian Raboch, que fez o resgate e depois deu informações sobre a espécie aos funcionários da loja.

Já na manhã desta terça-feira, no bairro Nova Brasília, foi a vez de uma cobra da espécie Dormideira (Dipsas neuwiedi) aparecer numa residência. Também conhecida como papa-lesma, esta serpente também não é venenosa. As duas serpentes serão devolvidas à natureza nas próximas horas.  Neste ano, até o momento, já foram resgatados em Jaraguá do Sul, 97 animais silvestres entre aves, répteis e mamíferos.

Para Raboch, o afastamento social por conta da quarentena do coronavírus covid-19 para o aumento de ocorrências de espécimes da fauna local em áreas urbanas. “Com certeza, isso é um fato. Com menos circulação em áreas urbanas. O recente resgate do cervo evidencia isso. Os cervos são animais ariscos e dificilmente chegam perto dos seres humanos. Com menos circulação em áreas próximas à mata os animais tendem a se ‘sentir mais a vontade’ e andam mais facilmente por aí”, observou o biólogo da Fujama.

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