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Bolsonaro em Chapecó

Rodrigues, virtual candidato a governador, tenta colar na popularidade de Bolsonaro. Mas, o apoio do presidente é para o senador Jorginho Mello (PL),

17/06/2021

As eternas filas nos bancos

As intermináveis filas nas agências bancárias de Jaraguá do Sul (como de resto no país) é assunto recorrente na Câmara de Vereadores.

Já no ano de 2000, jornais locais noticiavam sobre notificações do Procon aos bancos por descumprimento de lei estabelecendo tempo máximo de espera em dias de pagamento de aposentados e pensionistas e outros clientes.

De no máximo 30 minutos entre os dias 5 e 12 de cada mês. Para os bancos, leis do gênero valem tanto quanto papel higiênico usado.

Teoria e prática

Nesses tempos de pandemia, o problema se agrava ainda mais, expondo idosos e outras pessoas ao sol, chuva e frio, quando não a um verão escaldante. Na teoria, para evitar aglomerações que, na verdade, ocorrem na área interna dos caixas eletrônicos.

Vereadores querem um exemplo? Visitem, de forma anônima, nos dias de pagamento de aposentados e pensionistas, as agências do Centro. Não raro, uma delas com metade dos caixas eletrônicos sem funcionar.

Norte com Antídio

Deputados, ex-prefeitos, vereadores e empresários influentes de Joinville e não só do MDB mostram tendência de engajamento à candidatura do prefeito Antidio Lunelli (MDB) ao governo do Estado em 2022.

A ideia é recolocar o Norte Catarinense no comando do executivo estadual e no mapa de SC como centro de decisões político administrativas.

Os votos de Jaraguá

Foi assim com Pedro Ivo Campos, em 1986, contra o bem cotado Wilson Pedro Kleinübing (PFL). Pedro Ivo fez 15,5 mil votos em Jaraguá do Sul. Luiz Henrique da Silveira, em 2002, derrotou Esperidião Amin (PP), então apontado como favorito na região.

Foi reeleito em 2006 e, de novo, derrotando Amin.  Nas duas disputas, só de Jaraguá do Sul LHS levou 66 mil votos.

Apoio retribuído

O MDB de Joinville não tem nomes com densidade eleitoral estadual. Assim, o apoio a Lunelli seria uma retribuição à região onde o partido sempre teve o necessário respaldo aos candidatos que apoiou.

Inclusive com Raimundo Colombo (PSD). Aliás, entre 2006 e 2018 o MDB não teve candidato próprio.  E quando tentou, em 2018, a candidatura de Mauro Mariani foi um desastre.

PP sem rumo

Já à sombra de candidaturas majoritárias de outros partidos e enquanto a cúpula não se explica, o PP ainda não tem seu rumo definido para 2022. Agora mesmo o prefeito reeleito de Tubarão, Joares Ponticelli, quer saber se será ou não o candidato do partido a governador.

O Joares é o primeiro da fila”, disse há pouco tempo o senador Esperidião Amin, liderança maior do partido. Mas que, agora, conversa não tão secretamente com o governador Carlos Moisés (PSL), que o senador tenta trazer para o PP e não pela cor dos olhos dele (de Moisés).

A indefinição de nomes à disputa majoritária prejudica as eleições proporcionais do partido (deputados) na escolha de nomes que manifestam interesse em concorrer pela sigla.

Bolsonaro em Chapecó

Dia 26 de junho o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai a Chapecó a convite do prefeito João Rodrigues (PSD). Lá, visita o Estádio Índio Condá (Chapecoense), onde obras têm recursos de R$ 16 milhões de emenda parlamentar de Rodrigues quando ainda deputado federal.

Dia seguinte participa de manifestação com motociclistas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Rodrigues, virtual candidato a governador, tenta colar na popularidade de Bolsonaro. Mas, o apoio do presidente é para o senador Jorginho Mello (PL), um amigo pessoal e seu fiel escudeiro no Senado.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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