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Em Criciúma, vereadores não podem mais assumir secretarias municipais ou estaduais

É a primeira Câmara de Vereadores de Santa Catarina a vetar essa prática altamente nociva aos interesses da população.

11/11/2020

Desde as eleições municipais de 2004, a chamada “lei seca” foi abolida em Santa Catarina, permitindo a venda e consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e similares. Exceto em determinadas cidades, onde confrontos entre candidatos e eleitores exijam intervenções policiais.

Também agora, em 15 de novembro (e no segundo turno, dia 29) quem quiser tomar uma “gelada” no boteco preferido poderá fazê-lo. Porém, sem gritarias, ou arruaças.

Nestes casos, o juiz eleitoral pode fechar o estabelecimento, com punições posteriores. Em tempo: a lei seca para quem dirige bêbado segue valendo.

Duplicação da 280

Com as obras em andamento e sem interrupções, a duplicação do trecho urbano da BR-280, entre Guaramirim e Jaraguá do Sul, não vai parar.

Com aportes médios de R$ 6 milhões/mês de recursos públicos, fechando a conta em R$ 150 milhões até a entrega, em junho de 2021. Palavra da governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido).

A duplicação do trecho data do primeiro mandato do ex-governador Raimundo Colombo (PSD), à época orçado em R$ 100 milhões.

“Os recursos estão em caixa”, afirmou Colombo quando assinou a ordem de serviço. Mas saiu do papel, efetivamente, no governo Carlos Moisés/Daniela. Então, é torcer para que, finalmente, palavra de político seja cumprida.

Vereador e nada mais!

Em Criciúma, por força de Projeto de Emenda à Lei Orgânica aprovado e homologado pela Câmara de Vereadores, um vereador não pode mais assumir secretarias municipais ou estaduais, ou qualquer outro cargo comissionado no âmbito do Executivo, exceto se renunciar ao mandato. A proposta é do vereador Ademir Honorato (MDB).

É a primeira Câmara de Vereadores de Santa Catarina a vetar essa prática altamente nociva aos interesses da população. Sai o titular e entre o suplente, via de regra vaquinha de presépio precisando do salário.

Bom seria se deputados, senadores e governadores também fossem obrigados a cumprir todo o mandato. Mas, no país onde o “toma lá, dá cá” isso é utopia. Ainda.

Se é um mero acaso ou, finalmente, resultado de uma análise fria do quadro político local, a verdade é que as eleições de 15 de novembro para prefeito de Jaraguá do Sul refletem bom senso de partidos e de políticos.

Quem tem chances ou possibilidade de fazer um bom papel nas urnas visando disputas futuras, botou o pé na estrada. O resto é filme queimado.

Jorginho Mello

Vice-líder do governo (um deles) no Congresso, o senador Jorginho Mello (PL) caminha a passos largos para uma candidatura a governador em 2022. E, podem escrever, se o presidente Jair Bolsonaro (ainda sem partido) disputar a reeleição, Mello terá nele um forte cabo eleitoral.

O senador é autor da lei do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com recursos de R$ 10 bilhões, criado para apoiar os empreendimentos que enfrentam dificuldades devido a pandemia.

E, por tabela, somando dividendos políticos para Bolsonaro também.

Julgamento de Moisés

Entre os dias 20 e 27 de novembro o Tribunal Especial deverá julgar o governador afastado, Carlos Moisés (PSL), por crime de responsabilidade (ou não) ao conceder equiparação salarial dos procuradores do Estado aos colegas da Assembleia Legislativa, sem autorização dos deputados. Se as respostas forem “sim” ele perderá o mandato.

 

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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