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Coluna: Negar é fugir da verdade

Hoje trago fragmentos sobre a escravidão no Brasil. Precisamos conhecer e ver com olhos abertos o que aconteceu em nosso país. Uma cicatriz longe de se curar.

26/01/2022

Por

Professor Pesquisador, Mestre em Educação, Especialista em Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior, Historiador e Pedagogo. Entusiasta da Educação

Reprodução de escravos impulsionou café

A reprodução entre escravos foi estimulada por donos de terras e impulsionou o desenvolvimento do café no século 19 na região de Ribeirão Preto. É o que aponta um estudo desenvolvido pelo historiador Carlo Monti.

Constituição de 1824

O art. 94, §2º, da Charta imperial reduz o liberto à condição de cidadão de segunda classe: apesar de os libertos serem cidadãos e, portanto, gozarem de liberdade, não poderiam ser eleitores (em um contexto do voto censitário), portanto, também estaria vedado o seu acesso a cargos públicos cujo requisito fosse a condição de eleitor.

A escravidão é mais que um período

A escravidão, muitas vezes, é enxergada apenas como um fenômeno fático, percebido sob nuances sociológicas ou econômicas, que simplesmente existia no Brasil do século XIX e que foi extinto por meio da Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888. Entretanto, a questão não é tão simples assim: a escravidão era amparada por uma legislação, que, inclusive a constitucionalizava, apesar de não se referir a ela diretamente (MORAES, 1966, p.372).

E aí? Liberto sim, cidadão não!

Em relação ao direito de liberdade, dividem-se os homens em – livres e escravos, e aqueles se subdividem em – ingênuos e libertos. Chama-se ingênuo o que nasce livre; liberto o que tendo nascido escravo, veio a conseguir a liberdade.

Abolição sem igualdade social…

[…] sem a abolição total do infame tráfico da escravatura africana, e sem a emancipação sucessiva dos atuais cativos, nunca o Brasil firmará a sua independência nacional, e segurará e defenderá a sua liberal Constituição; nunca aperfeiçoará as raças existentes, e nunca formará, como imperiosamente o deve, um exército brioso, e uma marinha florescente. Sem liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode haver moralidade, e justiça; e sem estas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força, e poder entre as nações. (DOLHNIKOFF, 2005, p.51). Abaixo cópia da carta de abolição.

Escravidão em jornais

Trago imagens de época sobre publicações em relação ao trato “das pessoas escravas” no Brasil, ou objetos de valor na escravidão.

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