Colunas

Coluna: Política & Políticos – Enterros clandestinos

Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

29/06/2023

Deputado Sargento Lima (PL) é autor de projeto de lei que dá às famílias autorização para sepultamentos em terrenos de sua propriedade, porém seguindo todos os trâmites legais.  Lima diz que isso tiraria da clandestinidade enterros feitos hoje em terrenos particulares no interior dos municípios, distantes de cemitérios municipais ou privados. Sem citar casos ou localidades, o deputado afirmou que essa é uma prática que ocorre em todo o Estado e não só em áreas rurais. Porque muitas propriedades rurais ficam a quilômetros de distância dos cemitérios, o que acarreta custos adicionais no momento do sepultamento.

 

CURTAS

*Tribunal Regional Eleitoral definiu o dia 3 de setembro para as eleições complementares de prefeito e vice em Brusque. Isso porque o prefeito José Ari Vequi (MDB) e seu vice, o pastor evangélico Gilmar Doerner (Republicanos) foram cassados por abuso de poder econômico (compra de votos) na campanha de 2020.

* “…é contrassenso o governo do Estado informar que tem poucos recursos, buscar financiamento bancário para determinadas ações e, ao mesmo tempo, propor ampliar despesas sem clareza de origem”. A manifestação é do Centro Empresarial de Chapecó.

*Empresários da Capital do Oeste defendem que a proposta do programa Universidade Gratuita, que virou um cabo de guerra na Assembleia Legislativa, seja melhor discutida. Sem detrimento do ensino fundamental e médio. De fato, visto assim, é uma incoerência gritante.

“E prossegue a AEC em ofício aos 40 deputados estaduais: não há a devida clareza (no projeto do governador) quanto ao impacto no Orçamento estadual, por não se saber, claramente, quantos alunos serão beneficiados, as instituições de ensino envolvidas e as especialidades agraciadas com o programa. A promessa eleitoral de Mello tende a ir para o espaço em 2023.

*Fabricio Oliveira (PL), prefeito de Balneário Camboriú, confirma que a tarifa zero temporária, em vigência por seis meses nos ônibus urbanos do município será permanente, mantida na licitação do serviço em fase de elaboração.

*Em caráter temporário a gratuidade vai custar à Prefeitura, pelo tempo de 180 dias, R$ 3,8 milhões. Ou seja, gratuidade é balela.  Ao usar o serviço o passageiro não paga, mas banca o custo de outras formas, via impostos municipais. Sejam diretos ou repassados pelo comércio, serviços.

 

 

Usuários insatisfeitos

Pesquisa paga pela Prefeitura de Joinville à Fundação Instituto de Pesquisas Econômica, em 2022, e apresentada na quarta-feira (28) à Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores apontou que 70% dos usuários do transporte coletivo urbano do município estariam insatisfeitos com a frequente lotação dos ônibus. E que a maioria também se mostrou insatisfeita com a qualidade dos abrigos para passageiros.

 

Usuários bem satisfeitos

Mais abaixo, no mesmo site (do Legislativo), o secretário de Infraestrutura Urbana, Jorge Luiz Correia de Sá, cita a mesma pesquisa onde usuários teriam considerado que o serviço prestado na cidade é “excelente, acima da média nacional”. Assim, coisa de primeiro mundo, o que não é o caso do Brasil, onde excelência no setor inexiste por conta da conivência histórica de agentes públicos. Tem alguma coisa errada aí, não tem?

 

 VIA BRASIL

*O Ministério de Infraestrutura já tem mapeados 3.153,4 quilômetros de estradas (federais e estaduais) para concessão à iniciativa privada em Santa Catarina. E, por consequência, com pedágio. A informação é do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).

*O modelo, que deve ficar prono em seis meses, já tinha sido anunciado no segundo mandato do ex-governador, Raimundo Colombo (PSD), mas não saiu do papel. Mas nada antes de 2025. Como essa coluna já publicou, ou é isso (pedágio) ou rodovias destruídas pelo tempo. E as temos, aos montes.

*Uma parceria público-privada está em estudos na secretaria estadual da Fazenda para permitir a construção e manutenção de escolas da rede estadual de ensino, com notórios problemas estruturais. E que se pode rotular, usando até de certa polidez, como uma vergonha histórica!

*Na Assembleia Legislativa tramita projeto de lei do deputado Jessé Lopes (PL), que multa pessoas pelo porte e uso de entorpecentes em ambientes públicos.  Já previsto no artigo 28 do Código Penal, mas apenas com penas de advertência, prestação de serviços à comunidade ou coisa que o valha. E, na prática? É letra morta do Código. Com o será o projeto se virar lei.

 

Efeito bumerangue

E agora, José? Em vídeo gravado em 27 de maio de 2021, o presidente nacional do PDT e atual ministro da Previdência Social de Lula da Silva (PT), Carlos Lupi, questiona as urnas eletrônicas defendendo o voto impresso. Por ironia do destino, é por isso mesmo que Jair Bolsonaro (PL) corre o risco de ficar inelegível por oito anos já que no TSE a maioria dos ministros também é titular do STF. E que, simplesmente, odeiam JB.  Mas o TSE nunca desmentiu Lupi. Mesmo quando o PDT integrava o primeiro governo de Lula (2003/2006), com Ciro Gomes à frente da Integração Nacional, o líder pedetista Leonel Brizola já discursava duvidando da Justiça Eleitoral e das urnas.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Notícias relacionadas

x