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Independência ou Sorte

A verdadeira Independência de um país vai além de um rompimento político, para ser verdadeira, precisa ter transformações sociais e política públicas igualitárias.

05/09/2020

Independência

Após um período de expansionismo bélico colonial europeu, esses países começaram a não mais conseguir manter sua hegemonia dominante. A partir do enfraquecimento colonial europeu, suas colônias iniciaram os processos de rompimento, pois as metrópoles não conseguiam mais manter seu domínio, e no caso do Brasil não foi diferente.

 

Chegou a vez do Brasil, enfim uma nova nação

A independência do Brasil criou muitos mitos e heróis, assim traçados dentro de uma visão positivista, onde se tem a necessidade de criar nomes e valorizar os grupos economicamente dominantes, em detrimento da verdade Histórica. Temos a necessidade de compreender esse processo de maneira crítica, sem tirar seu valor ou desprezar o ato. Ressalto que o Brasil rompeu com Portugal, se endividou com a Inglaterra, tornou-se um Estado Nacional comandado pelo herdeiro do trono Português e deixou de ser colônia portuguesa.

 

Em 07 de setembro de 1822, oficializou-se a nossa Independência!

O processo de independência do Brasil foi obra de interesses econômicos de países como Inglaterra, que precisava de consumidores para seus produtos; dos Estados Unidos, que precisava dominar e influenciar nas Américas do Sul e quebrar o domínio europeu. Internamente as classes economicamente dominantes buscavam se firmar no controle político do país também, e para isso, precisavam de um governo local, algo histórico e enraizado até nossa atualidade. Vários fatores marcaram essa caminhada como: abertura dos portos às nações amigas (acabou com o pacto colonial), assinatura do tratado de 1810 (privilegiou a Inglaterra com a menor taxa alfandegária), a elevação da colônia brasileira para reino unido a Portugal e Algarves, a revolução Pernambucana (1817), a revolução do Porto (1820), foram fatores que determinaram o rompimento político da colônia brasileira com sua metrópole, Portugal. Trago esse contexto para dizer que a Independência não foi um ato heroico do Imperador, mas, uma decisão orquestrada e determinada para que ele não fosse preso e nem perdesse seu poder, mesmo que temporariamente.

 

E assim se fez um Brasil independente

Com o fim da dominação napoleônica em Portugal e a volta de D. João ao poder, as cortes portuguesas pretendiam retomar seu domínio econômico sobre o Brasil, talvez recolonizar. Assim que as cortes portuguesas determinaram a volta de Dom Pedro para Portugal, os interessados pela Independência do Brasil, rapidamente, impuseram a decisão ao Imperador, que em 1822, oficialmente, assinou o termo de rompimento político com Portugal. Independente do processo, precisamos valorizar, reconhecer e usar para que as mudanças necessárias sejam feitas em nosso país.

 

Ser independente

Mesmo após quase 198 anos do “Grito do Ipiranga”, não temos uma independência real e atual, na verdade, nosso caminho ainda é longo para que possamos ter a real independência, quero dizer que, enquanto não houver justiça social, desenvolvimento educacional e políticas públicas voltadas para cidadania, não teremos independência. As primícias da independência trazem as necessidades da população como principio para tudo. 

 

 

 

Por

Professor Pesquisador, Mestre em Educação, Especialista em Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior, Historiador e Pedagogo. Entusiasta da Educação

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