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Parece que a Terra ficará sem oxigênio mais rápido que pensávamos

O oxigênio no planeta Terra pode parecer algo garantido

13/12/2022

O oxigênio no planeta Terra pode parecer algo garantido, que sempre esteve ali e sempre estará, permitindo que o ar ao nosso entorno seja respirável. Isso não poderia estar mais longe da realidade, já que o nosso lar já foi cheio de metano, e um dia voltará a ser — bem como ficará com baixo oxigênio novamente. Isso vai demorar bilhões de anos, mas acontecerá mais rápido do que pensávamos, segundo estudos.

Há cerca de 2,4 bilhões de anos, o mundo passava pelo Grande Evento de Oxigenação (GEO), que o tornou cheio do gás. A característica muito provavelmente não é permanente em planetas habitáveis, o que tem implicações na nossa busca por esse tipo de corpo celeste pelo universo.

As condições de vida na Terra parecem imutáveis quando observadas do nosso ponto de vidas, mas são limitadas — e desaparecerão em alguns bilhões de anos (Imagem: Goinyk/Envato)

O que acontecerá na Terra do futuro?

Com simulações computacionais, os cientistas notaram que uma desoxigenação da atmosfera a níveis arqueanos (de 4 a 2,5 bilhões de anos atrás) ocorrerá rapidamente e terá o gatilho antes da generalização de condições úmidas pelo efeito estufa no clima da Terra, bem como antes da perda extensiva de superfície da água atmosférica.

A essa altura, já sera o fim da linha para nós, humanos, e outras formas de vida que precisam de oxigênio para sobreviver. Como há bilhões de anos à frente, provavelmente teremos soluções para melhorar nossas condições ou escapar daqui enquanto é tempo. Para as simulações, os pesquisadores modelaram detalhadamente a biosfera da Terra, incluindo fatores como o brilho da luz solar e a queda em níveis de dióxido de carbono, que gera menos fotossíntese pelas plantas.

Anteriormente, havíamos calculado que a radiação solar cada vez mais alta acabaria por eliminar os oceanos em cerca de 2 bilhões de anos, mas o modelo atual, com base em menos de 400.000 simulações, prevê uma queda drástica nos níveis de oxigênio antes mesmo desse evento.

Procurando outros planetas

Isso impacta na nossa busca por outros planetas habitáveis, já que os cientistas querem saber o que procurar quando vasculham o céu noturno. Outras assinaturas biológicas provavelmente terão de ser buscadas, dado que o oxigênio pode não ser um recurso tão abundante ou necessário à vida. No planeta Terra, por exemplo, calcula-se que apenas de 20% a 30% de sua existência inclua a abundância do gás. Sem ele, deixamos apenas a vida microbiana por aqui.

Após perdermos o oxigênio, o que sobra são elevados níveis de metano, níveis baixos de gás carbônico e nenhuma cada de ozônio encobrindo a atmosfera. Os habitantes do planeta serão, muito provavelmente, um aglomerado de formas de vida anaeróbicas, que terão seus próprios desafios evolutivos — e seus próprios bilhões de anos para sair da Terra antes que ela deixe de existir.

Fonte: Nature Geoscience Conteúdo divulgado  e publicado  por Canaltech

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Editora, analista SEO e responsável pelo conteúdo que escreve. Atenta aos conteúdos mais pesquisados do país.

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