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Política e Políticos – O MDB diz “sim”

Política e Políticos – Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense

18/11/2024

Política e Políticos

 

 

Política e Políticos

Foto Roberto Zacarias/Secom

Governador Jorginho Melllo (PL) não veio a Jaraguá do Sul no domingo (17) apenas para assistir ao desfile de encerramento da 34ª Schützenfest (Política&Políticos 15/11). Mas sim e, principalmente, para anunciar que o MDB, finalmente, entrou de cabeça em seu governo como parceiro de um projeto político maior. O deputado Antidio Lunelli (MDB) assume Secretaria da Agricultura (mas sem o pretendido comando da Epagri e Cidasc), com bons programas de investimentos no agronegócio, estadualiza o nome, sai de vice-governador em 2026 na chapa à reeleição de Mello e, se tudo correr bem, será o candidato a governador do MDB em 2030 apoiado por Mello. A leitura do momento é essa. Em tempo: desde 2023 o MDB já comanda a Infraestrutura com o deputado Jerry Comper.

 

CURTAS

 

*O deputado federal Carlos Chiodini (MDB)- “certamente”, segundo Antidio Lunelli- é o próximo a embarcar no governo de Jorginho Mello (PL). “Logo, logo”, dito pelo próprio governador em sua visita a Jaraguá do Sul no domingo (17). E que já ofereceu ao partido as secretarias de Portos e Aeroportos, Casa Civil e Meio Ambiente.

 

*Mas Chiodini não tem demonstrado apetite para se expor no dia a dia comandando secretarias de baixo retorno político nas urnas. Com bom trânsito em Brasília, onde o MDB comanda três ministérios, pessoalmente prefere ficar por lá. Quem sabe à frente da Secretaria de Articulação Nacional que trata dos interesses de Santa Catarina junto ao governo federal.

 

*A SAN é comandada por Vânia Franco, também representante de Santa Catarina no Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, o Codesul, que reúne, ainda, os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. Vânia (com salário atual de R$ 37.983,37) era chefe de gabinete de Mello quando senador. Arranjar outro cargo para ela não seria problema.

 

*Centralista e individualista, o governador Jorginho Mello (PL) tem ignorado a bancada federal do partido, com sete deputados, quando da cessão de espaços administrativos para o MDB e PP. Mas a bronca nem é essa e sim porque Mello, nestes dois primeiros anos de governo, nunca os consultou sobre nada. Mas isso ainda não se traduz em um possível apartheid.

 

*A consolidação da parceria Jorginho Mello/MDB atropela planos do PSD para as eleições de 2026. Ainda sem o aval do partido, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), discursa como candidato a governador. Mas só tem apoio do União Brasil (9 prefeitos, 3 deputados estaduais e um federal) e o Podemos (3 prefeitos e 3 deputados estaduais). É muito pouco.

 

*João Rodrigues também é visto como forte candidato ao Senado. Em 2026, cada estado elegerá dois senadores, facilitando a disputa. O prefeito de Chapecó, provavelmente, teria como adversário mais forte o atual senador Esperidião Amin (PP), que até lá terá 78 anos de idade, mas que já se disse disposto a disputar a reeleição.

 

Limpando o “lixo”

Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei do deputado Jessé Lopes (PL), que proíbe a execução de músicas e videoclipes com letras e coreografias que façam apologia ao crime, ao uso de drogas, ou expressem conteúdos verbais de cunho sexual e erótico, nas escolas públicas e privadas. “Faz-se necessário que Santa Catarina disponha de lei que proteja os jovens e crianças dos perigos envolvidos com a propagação de músicas de conteúdo que causam degradação intelectual e moral”, defende o deputado. De fato, é preciso banir do ambiente das escolas este “lixo” que alguns rotulam de manifestação cultural.

 

 

VIA BRASIL

 

*Deputados da Assembleia Legislativa entregaram ontem (18) a Comenda Catarinense, honraria anual oferecida a pessoas físicas e jurídicas que realizam ou realizaram ações em favor de um estado mais desenvolvido, justo e humano. Na lista de homenageados estava a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro.

 

*A honraria à Michele é indicação do deputado Oscar Gutz (PL), também autor de projeto de lei aprovado pela Alesc concedendo o título de Cidadão Catarinense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PLP). Atropelando lei estadual aprovada pelos próprios deputados proibindo a concessão do título a pessoas inelegíveis. Mas o que, ambos, e afinal, fizeram para merecer?

 

*Em sua estada em Jaraguá do Sul no domingo (17) o govenador Jorginho Mello (PL) comparou o seu governo a um avião voando tranquilo a 10 mil metros de altura. “O governo está acelerado, voando, vamos fazer muitas entregas”, discursou. Que bom porque, até agora, por aqui não entregou nada em obras relevantes do Estado, que se arrastam.

 

*O pinhão, de alto valor nutricional, produzido pela agricultura familiar, na economia popular solidária ou em empreendimentos familiares rurais será introduzido na merenda escolar de Santa Catarina. Para isso, projeto dos deputados Neodi Saretta (PT) e Marquito (PSOL) foi aprovado pela Assembleia Legislativa.

 

Os voos da FAB

Política e Políticos

Divulgação/FAB

Até o final da semana passada, jatos da Força Aérea Brasileira tinham feito 1.369 voos (só em 2024) levando a bordo autoridades com direito a este tipo de transporte. Entre os nomes de maior relevância estão Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, um recordista, com 110 viagens. Quase isso, Arthur Lira (PP/AL), presidente da Câmara dos Deputados, voou 105 vezes. Depois aparece Fernando Haddad (PT/SP), ministro da Economia, com 102 viagens. Mas os voos de jatinhos de que atendem Lula da Silva (PT), sua mulher, Janja (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB/SP) não são divulgados. E segue o baile!

 

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Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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