Política e Políticos – Uma lei para o desleixo

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

Portas e janelas de imóveis de imóveis desocupados na condição de abandono serão vedados pela prefeitura de Joinville, com autorização da Câmara de Vereadores. Tapumes também serão erguidos ao redor. A lei também dá ao município autorização para a necessária limpeza quando o proprietário, notificado, não o fizer e que pagará pelo serviço.

Multas variando de R$ 3,8 mil a dez vezes esse valor, também podem ser eventualmente aplicadas. Resumindo, trata-se de segurança e saúde pública. Aliás, realidade que se repete em todo lugar, inclusive com imóveis públicos. E uma lei que pode e deve ser copiada se é que agentes públicos, no caso vereadores e prefeitos, estão de fato preocupados com problemas que afetam a população como um todo.

CURTAS

*O tal “protagonismo” defendido por lideranças do MDB para as eleições majoritárias de 2026, com candidato próprio a govenador, só tem um caminho: o desembarque do governo de Jorginho Mello (PL) e, por consequência, ser oposição na Assembleia Legislativa. Sem isso o partido, sempre ávido por cargos de primeiro escalão, segue como serviçal do PL.

*Aliás, o assunto já não é mais segredo. Deputados e lideranças do MDB não escondem a insatisfação com o tratamento recebido do governo, longe, dizem, do apoio emprestado à candidatura de Mello e a postura de governistas na Assembleia. Além do que, Mello tem cooptado prefeitos do partido em troca de recursos do Estado em ano eleitoral.

*Para mudar de partido, do PRD (fusão do PTB e Patriota) para o PL e ser candidato a prefeito de Blumenau, o deputado estadual Egídio Ferrari teria de apresentar uma “justa causa” à Justiça Eleitoral, para não perder o mandato. Mas vai tentar, com tese defendida pelo advogado Felipe Mello, filho do governador.

*O PL vive às turras em Balneário Camboriú. Prefeito Fabrício de Oliveira (PL), vetou seu ex-vice-prefeito e atual deputado estadual, Carlos Humberto, como candidato à sua sucessão e que tem apoio da bancada estadual. Oliveira lançou o ex-prefeito Rubens Spernau, também do PL. Que terá como adversária Juliana Pavan (PSD), filha de Leonel Pavan e sua afilhada.

*O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich (PL) é pré-candidato a prefeito de Gaspar, no Vale do Itajaí. O atual prefeito, Kleber Wan-Dall (MDB) foi reeleito em 2020 e apoia o vereador Ciro Quintino (MDB).

*Mas Quintino, no frigir dos ovos, poderá ser o vice na chapa do atual vice-prefeito, Marcelo Brick (PP). Para não quebrar a aliança entre o MDB, PP, PSD, PSDB e PDT que deu dois mandatos consecutivos para Wan-Dall. Na verdade, o que importa em eleição é vencer. O resto é conversa fiada.

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É proibido fumar!

“Quem busca vida mais saudável, adultos, adolescentes, jovens e crianças, não devem ser obrigados a conviver com esse vício de outros, mesmo ao ar livre”. O discurso é do deputado estadual Jair Miotto (União Brasil/Florianópolis), autor de projeto de lei aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, proibindo o consumo de cigarro e derivados do tabaco em parques públicos. Com sinalização ostensiva.

Lembrando que a fumaça do cigarro contém toxinas que irritam olhos, nariz e garganta. Causando problemas pulmonares e alergia respiratória em fumantes e não fumantes. Infratores pagarão multas de R$ 840,00.

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VIA BRASIL

*Com um “pedido de vistas” dos deputados Gilson Marques (Novo/Rio do Sul), Fausto Pinato (PP/SP) e Roberto Duarte (Republicanos/AC), foi adiada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados a votação do relatório de Darci Mattos (PSD/Joinville) a favor da manutenção da prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ).

*Agora, a votação final do parecer de Matos só ocorrerá depois, em 10 de abril (supõe-se) porque o regulamento exige duas sessões da CCJ para que o relatório seja votado posteriormente em plenário.

*Chiquinho e o irmão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, são acusados como mandantes do assassinato da ex-vereadora Mariele Franco (PSOL/RJ), que se opunha a um projeto legalizando terras irregulares dominadas pela milícia carioca.

*Ora, pelo simples fato de, comprovadamente, estar envolvido no crime, mesmo que não seja o mandante, o deputado deveria ser cassado sumariamente. Tanto que dirigentes do União Brasil, partido pelo qual foi eleito, já o expulsaram do partido.

Pôncio Pilatos do Alvorada

Lula da Silva (PT), para não melindrar militares., determinou a suspensão de eventos oficiais em memória aos 60 anos do golpe militar de 1964, o que levou o ministro de Direitos Humanos, Sílvio Almeida, a cancelar uma cerimônia marcada para o dia 1° de abril. Mas familiares e vítimas do regime militar, historiadores, estudiosos do período e também de militantes e entidades de direitos humanos decidiram manter as manifestações contrárias ao golpe.

Na verdade, Lula, que sempre foi um crítico feroz daquele 31 de março de 1964, Imitou Pôncio Pilatos e lavou as mãos como quem diz: “não tenho nada com isso”.

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