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TV x Alzheimer

O Alzheimer é o tipo mais comum de demência

27/02/2023

A demência, é um termo para se referir a uma série de sintomas – perda de memória, confusão, problemas de fala, raciocínio lógico e mudanças comportamentais – que se agravam na velhice e afetam as atividades de uma pessoa.

O Alzheimer é o tipo mais comum de demência. Hoje, a doença atinge mais de 1 milhão de brasileiros.

A forma como os adultos acima de 60 anos gastam seu tempo sedentário – aquilo que fazem quando estão sentados, por exemplo – faz diferença nas chances que eles têm de desenvolver demência, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

O estudo aponta que aqueles cujo tempo sedentário é gasto majoritariamente assistindo à televisão têm um risco 24% maior de desenvolver demência, enquanto os que optam pelo computador têm 15% de risco reduzido.

A pesquisa foi feita com mais de 146 mil adultos acima dos 60 anos que não apresentavam sinais de demências quando foram entrevistados. Após mais de 12 anos sendo acompanhados, aproximadamente 3,5 mil voluntários apresentaram sinais da doença. Aqueles que passam a maior parte do seu tempo sedentário assistindo à TV têm um risco bem maior de desenvolver demência, já os que optam pelo computador e pela leitura têm menos risco.

A demência não é considerada uma parte normal do envelhecimento e desde bem jovem já é possível adotar comportamentos que reduzem as chances de sofrer com a doença. Não existe nada que se faça que dê garantia de não ter a doença. O que se faz é para retardar o início, fazer exercícios físicos e cuidar da qualidade do sono ajudam a prevenir a doença.

Assistir TV é uma atividade durante a qual se pensa pouco. Já o computador, assim como a leitura, é cognitivamente ativo, estimula mais a pensar, o que protege da demência.

A dica é reduzir o tempo sentado na frente da TV, aumentar a leitura e o uso do computador e fazer atividades físicas para manter a mente ativa e reduzir as chances de Alzheimer.

 

Por

Médico Neurologista, Deputado Estadual SC e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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