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VÍDEO: Bebê que ingeriu soda cáustica passa por procedimento inédito em Jaraguá e se recupera bem

A intervenção, que foi realizada no último dia 12, é considerada delicada, mas o paciente de apenas 1 ano e 7 meses de idade se recupera em casa.

24/06/2020

O Hospital e Maternidade Jaraguá, que é referência em atendimento pediátrico na região norte de Santa Catarina, realizou um procedimento endoscópico infantil incomum para a cidade de Jaraguá do Sul (SC). Foi a primeira vez que uma dilatação esofágica foi realizada numa criança atendida por um hospital da cidade. A intervenção, que foi realizada no dia 12 de junho, é considerada delicada, mas o paciente de apenas 1 ano e 7 meses de idade se recupera em casa.

De acordo com a gastroenterologista pediátrica Angélica Luciana Nau, que há dois meses acompanha o caso, a família confirmou que a criança está bem e já se alimenta melhor. A médica observa que a dilatação esofágica é um procedimento considerado de risco, pois podem surgir complicações durante o processo, como a perfuração do esôfago do paciente. O procedimento foi necessário porque a criança ingeriu soda cáustica por acidente.

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A médica conta que todo o processo foi planejado com antecedência. “Há dois meses a criança ingeriu o produto acidentalmente e, desde aquela época, a equipe vinha planejando o procedimento e conversando sobre os passos do tratamento com a família”.

Entre preparar o paciente, anestesiar e concluir o processo, a operação durou 30 minutos. A médica responsável pela endoscopia e a dilatação esofágica, contou com o apoio de anestesista, radiologista, técnico em radiologia e enfermeiras. Os residentes em pediatria, do HMJ, também acompanharam o procedimento.

“Na tentativa de cicatrizar e curar a queimadura que a soda cáustica causa na mucosa do esôfago, o corpo faz uma estenose, que é o estreitamento da luz do órgão. Com isso, acaba ocorrendo uma dificuldade alimentar ao paciente. Para tentar reverter esse quadro, foi preciso dilatar e aumentar a luz do órgão com materiais específicos para que a criança possa voltar a se alimentar bem e não tenha risco nutricional no futuro”, explica Nau.

A criança recebeu alta no dia seguinte ao procedimento, mas o tratamento deve continuar por um longo período. Inicialmente, a previsão é que o paciente realize outras dilatações de esôfago no intervalo de algumas semanas. “Conforme for melhorando e conseguindo se alimentar melhor, poderemos espaçar mais, mas o tratamento costuma ser prolongado”, complementa a médica.

 

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