Esportes

Brasil segue ganhando e fortalece Tite no comando da seleção

A pressão sobre a seleção brasileira sempre foi enorme, independente de quem estivesse em campo e no comando do time

21/10/2021

Pelas críticas à Seleção Brasileira, parece que o time está em quinto nas eliminatórias e não ganha há três jogos. Na verdade, o time lidera com folga a qualificação para a Copa do Mundo do Catar no ano que vem, com 31 pontos, dez vitórias e um empate em 11 jogos. O último jogo foi uma goleada por 4 a 1 contra o Uruguai.

Para a Copa o time é favorito nas principais casas de apostas, com odds mais baixas do que seleções de respeito, como Argentina (que venceu o Brasil na Copa América), Espanha, Alemanha e outras. Confira aqui como acompanhar as seleções favoritas para conquistar o Mundial.

Por que essa confiança das casas de apostas e os bons resultados não se refletem na torcida?

A pressão sobre a seleção brasileira sempre foi enorme, independente de quem estivesse em campo e no comando do time. Até às portas da Copa de 1970, que seria histórica para o Brasil por sua constelação de craques e a taça, o treinador João Saldanha foi demitido – por razões políticas – e o time era visto com desconfiança.

A cobrança não é só pela vitória, mas também para encantar e representar o que o futebol brasileiro historicamente teve de melhor: a habilidade, ofensividade e alegria de jogar.

Porém o futebol mudou e mesmo sendo possível jogar de forma ofensiva e driblar, também é preciso marcar, ocupar espaços, é preciso que o goleiro saiba sair jogando, que o meio-campista dê um ou dois toques na bola por vez, enfim, mudanças naturais que o Brasil demorou para adotar.

A pergunta se Tite é a pessoa certa para modernizar o futebol brasileiro pode ser feita, mas sem dúvidas ele é o treinador brasileiro mais aberto a isso e com os melhores resultados na última década.  Mesmo que suas convocações ainda tenham nomes discutíveis.

Em declaração recente, Jorge Jesus, o treinador português que fez história no Flamengo em 2019 e 2020, gabou-se de ter feito o jogador brasileiro pensar de forma tática além de ter grande técnica. Seu ponto não é 100% errado, já que seu Flamengo era letal tanto com a bola mas também inteligente sem ela. Mais conectado com o futebol praticado na elite do esporte, Jesus tem seus grandes méritos, assim como Abel Ferreira, que em menos de dois anos chega em sua segunda final de Libertadores e já tem uma taça para chamar de sua no Palmeiras.

Os jogadores também precisam ajudar

Não adianta o treinador ter as melhores intenções, mas os jogadores não ajudarem. Tite tentou de tudo no ataque para fazer companhia a Neymar. Gabriel Jesus foi o atacante na Copa do Mundo de 2018 e saiu sem um gol feito, algo inimaginável há poucos anos com tantos centroavantes sensacionais que vestiram a amarelinha.

Na Copa América de 2019, vencida pelo Brasil sem Neymar, Everton Cebolinha teve destaque, mas ele não conseguiu manter a sequência. Richarlison, jogador do Everton, tem qualidade, mas também não encantou. O último que conseguiu entrar e mostrar resultado rápido foi Raphinha, atacante do Leeds United.

Camisa 10 da equipe de Marcelo Bielsa, o ponta brasileiro sem dúvidas está em contato com um dos maiores ditadores de tendência do futebol moderno. O “Loco” Bielsa é admirado pelos principais treinadores do mundo, especialmente Pep Guardiola e sua adição à seleção deu profundidade à equipe, melhorando o jogo de todos os jogadores ofensivos, inclusive Neymar.

Em seu primeiro jogo contra a Venezuela foram duas assistências e contra o Uruguai dois gols, marcando uma semana de estreia na seleção para ficar na história. Com certeza Tite não irá esquecer de suas atuações e ele é a nova esperança do Brasil.

As críticas à seleção são justas até certo ponto: o jogo poderia ser mais rápido e dinâmico já que a tentativa é por um futebol mais moderno e acelerado. Mas não dá para brigar com os resultados: as eliminatórias são um passeio para a equipe de Tite desde que ele assumiu a seleção e a derrota na Copa América de 2021 está longe de ser um grande problema.

A esperança agora é que o futebol evolua com as peças certas e renovadas para que encarando as potências europeias o resultado seja diferente de 2006, 2010, 2014 e 2018.

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