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Coluna: É pau, é pedra…

“Ainda bem, governador, que o senhor não vai se reeleger. O senhor se coligou de novo com o pessoal que deixou essa herança para o senhor. O senhor vive dizendo que deixaram conta para pagar, de R$ 600 milhões, e agora está abraçadinho com essa mesma gente que atrapalhou Santa Catarina”

11/08/2022

De Jorginho Mello (PL) para o governador Carlos Moisés (Republicanos) durante debate promovido pelo SCC, Rádio Som Maior (Criciúma) e Portal Extra: “Ainda bem, governador, que o senhor não vai se reeleger. O senhor se coligou de novo com o pessoal que deixou essa herança para o senhor. O senhor vive dizendo que deixaram conta para pagar, de R$ 600 milhões, e agora está abraçadinho com essa mesma gente que atrapalhou Santa Catarina”. Mello fazia referência à presença do MDB na coligação de Moisés.

Cavalo manco

Carlos Moisés para Mello: “Sua praga não pega não, viu candidato? O senhor está isolado, né? O senhor não coligou porque ninguém lhe quis. Ninguém quer subir em cavalo manco, todo mundo quer apostar em cavalo que está indo bem, que corre bem”. Referência ao fato de Mello ter procurado o Podemos e o MDB (coligados com Moisés) mas sem resultado. Detalhe: Ivete Appel da Silveira (MDB), viúva de Luiz Henrique da Silveira (MDB) é a primeira suplente do senador. Mas não pede votos para ele.

Pesquisa explica

Este apedrejamento mútuo, que deve prevalecer mais acentuadamente nos debates que ainda virão até o final de setembro, pode ter suas razões explicadas em pesquisa feita em junho pelo Instituto Paraná Pesquisas. Mostrando que Carlos Moisés e Mello, a se manter os percentuais levantados há pouco mais de um mês, vão para o segundo turno. À época o governador liderava com 25,4% das intenções de voto de 1.540 eleitores pesquisados, seguido por Mello com 15,5%.

Eleições

  • A tal da linguagem neutra, uma deplorável deturpação da língua portuguesa- como se já não bastasse o chulo linguajar das redes sociais- está proibida em escolas de Blumenau. Decisão é da Câmara de Vereadores, com 12 votos a favor, uma abstenção (do PT) e duas ausências. Nem tudo está perdido.
  • Pela ordem e por enquanto, Carlos Moisés (Republicanos), Jorginho Mello (PL), Esperidião Amin (Progressistas), Décio Lima (PT) e Gean Loureiro (União Brasil) podem sonhar com um segundo turno. A se manter o quadro atual, os demais serão meros coadjuvantes. Salvo o inexplicável.
  • Felipe D’Ávila (Novo) e seu vice, o deputado federal Tiago Lima Miltraud de Castro Leite (Distrito Federal) abriram a agenda dos presidenciáveis a Santa Catarina. Dão azar com tanta chuva e alagamentos em cidades do roteiro de visitas. Hoje estão na região de Florianópolis.
  • Está perto o prazo final- 15 de agosto- para que os partidos registrem seus candidatos no Tribunal Regional Eleitoral. Até agora, nove disputam a cadeira de governador e outros 11 a única vaga ao Senado neste ano.
  • Depois disso o TRE fará um pente fino em todos os pedidos encaminhados sobre a vida pregressa de cada um. E só então, se nenhum problema for detectado, emitirá o certificado de “ficha limpa”. Ou impugnação por falta de documentos exigidos.
  • Enquanto isso segue a briga intestina entre o PT, que não abre mão da socióloga Bia Vargas como vice de Décio Lima. Com o PSB, que exige, como vice do petista, a vereadora Marcilei Vignatti, mulher do presidente do PSB, Claudio Vignatti, ou o ex-vice-prefeito de Joinville, Rodrigo Bornholdt.

A ordem nas urnas

A eleição de 2 de outubro é diferente da municipal, quando eleitor precisa atentar apenas para os candidatos a prefeito e a vereador. Agora, são cinco cargos em disputa: Presidente, senador, governador e deputados. Na urna o primeiro voto vai para deputado federal, com quatro números. Depois, deputado estadual (cinco dígitos), senador (três dígitos), governador (número do partido) e, finalmente, presidente da República, também identificado pelo número do partido.

Dois senadores

Nesta eleição, partidos de uma mesma coligação podem lançar dois candidatos ao Senado, embora a disputa seja por uma vaga. Mas o eleitor só poderá votar em um deles. Criado pelo Tribunal Superior Eleitoral em parceria com o WhatsApp, uma novidade voltada para o eleitor é o assistente virtual. Que visa promover o acesso a informações relevantes sobre o processo eleitoral. O número do assistente virtual é (61) 9637-1078.

Para saber

Detalhe: depois de lacradas pela Justiça Eleitoral, não haverá mudanças na relação de nomes  nas urnas. Se o candidato morrer ou desistir, sua cara e número continuarão aparecendo na tela. Com os dados dos candidatos inseridos no Sistema de Registro de Candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral, não há como mudar. Por consequência, nenhum voto será contabilizado. Nem para o candidato e nem para o partido dele.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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